O presidente Michel Temer disse neste sábado (21) que só vai indicar o nome do novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) depois que a Corte escolher quem será o novo relator dos processos da Operação Lava Jato. A declaração foi dada em Porto Alegre, onde Temer acompanhou o velório do ministro Teori Zavascki, que ocorre na sede do tribunal Regional federal da 4ª Região (TRF-4).
Caberá à presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, redistribuir o processo da Operação Lava Jato, que Teori relatava. A ministra já indicou, como apurou a reportagem, que deve redistribuir o processo entre os atuais dez integrantes da Corte.
A declaração de Temer mostra que o presidente não concorda que o substituto de Teori deva assumir o comando dos processos da Lava Jato, uma das possibilidades levantadas pelo regimento do STF. “Vou escolher depois que o Supremo decidir o relator [da Lava Jato]”.
O presidente registrou seu pesar pessoal e de todo o governo pela morte de Teori e disse que se trata “de uma perda lamentável para o País, o poder judiciário e a classe política”.
“Ele era um homem de bem. O Brasil precisa cada vez mais de homens com a competência moral e profissional de Teori”, acrescentou Temer.
O ministro das Relações Exteriores, José Serra, também fez um breve pronunciamento, lembrando que tinha uma boa relação com Teori, com quem se reuniu diversas vezes para discutir questões relacionadas ao processo legislativo. “Foi um exemplo em todas as funções que ocupou”.
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