O presidente da Câmara e do PMDB, Michel Temer (SP), evitou, nesta quinta-feira (26) responder diretamente se o partido quer a troca da direção do fundo de pensão dos funcionários de Furnas, o Real Grandeza, por indicados da legenda. "Não tenho essa notícia", disse ele, ao ser questionado se o PMDB queria os cargos. Temer transferiu a questão para o ministro de Minas e Energia, o peemedebista Edison Lobão. "Não é o PMDB que quer (a mudança). É uma questão administrativa do Ministério de Minas e Energia e de Furnas", afirmou.

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A tentativa de mudar a diretoria do fundo foi barrada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva depois do impasse entre os funcionários, que não querem a alteração, e a diretoria de Furnas. Funcionários da empresa estatal ameaçaram entrar em greve contra a troca na direção e atribuíram a tentativa de mudança à pressão do PMDB. O Real Grandeza tem um patrimônio de R$ 6,3 bilhões.

O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apontado por funcionários e Furnas como interessado na troca na direção, negou qualquer participação na suposta manobra. "Não tenho nada com isso", disse. Cunha afirmou não conhecer a atual direção do fundo de pensão nem o nome cotado para assumir o cargo. O deputado afirmou que participou apenas da indicação do ex-presidente de Furnas Luiz Paulo Conde.

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