O presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB), negou que seu partido esteja articulando uma ação para barrar a instalação da CPI da Petrobras, no Senado. O PMDB faz parte da base aliada do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, mas se uniu à oposição e apoiou a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar irregularidades na estatal após ter perdido cargos na administração federal. "De jeito maneira, não estamos tentando barrar não", disse.
Segundo matéria publicada na edição de hoje do jornal "Valor", o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros, já teria arregimentado sete integrantes da base governista para uma ofensiva a fim de evitar a instalação da CPI. Após participar de evento do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, na capital paulista, Temer disse que o PMDB está apenas "tentando ajustar a composição da CPI".
O deputado esquivou-se de comentar o escândalo dos atos secretos no Senado Federal, envolvendo o presidente da Casa, José Sarney, companheiro de partido de Temer. Sarney teria nomeado conhecidos e parentes como funcionários do Senado de forma sigilosa. Questionado se havia atos secretos na Câmara, foi evasivo: "Que eu saiba, não." Para Temer, a crise de imagem não paralisa o Congresso. "Entre maio e junho votamos 89 projetos.
Cotado para sair como vice na chapa encabeçada pela ministra Dilma Rousseff (PT) para a Presidência, em 2010, Temer tergiversou sobre essa possibilidade. "Fala-se (que sairei vice). Eu nunca falei." Questionado sobre outro virtual vice de Dilma, o deputado Ciro Gomes (PSB), que também é cogitado para concorrer ao governo de São Paulo, Temer teceu elogios. "Ciro é uma figura, tem história política, está habilitado a qualquer cargo no País.
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