A Corte de Jersey recebeu indicação dos advogados de offshores ligadas a Paulo Maluf de que o ex-prefeito irá recorrer da condenação que determina a devolução ao Brasil de US$ 22 milhões depositados em contas no paraíso fiscal britânico do Canal da Mancha.
A Justiça da ilha concluiu que Maluf e seu filho Flávio foram beneficiados por um esquema de desvio de dinheiro durante a construção da avenida Água Espraiada, na zona sul de São Paulo. O prazo para a defesa apresentar o recurso termina nesta segunda-feira.
Em novembro passado, o Judiciário da ilha anunciou que o deputado de 81 anos é culpado e terá de devolver o dinheiro à cidade. Estimativa da Procuradoria do Município mostra que o valor pode chegar a US$ 32 milhões, por causa de recálculos.
Segundo fontes em Jersey, a apresentação do recurso deve aguardar até o último momento para ganhar tempo e arrastar ainda mais o processo. Em um comunicado de imprensa no momento da decisão da Corte, a assessoria de imprensa de Maluf indicou que a decisão não era final, dando indicações de que iria apelar. Maluf, porém, não admite ser dono das contas, mesmo tendo dado a indicação de recurso na nota oficial após a sentença.
Se o recurso for confirmado, o caso segue para a última instância em Jersey. Haveria ainda mais um chance de recorrer e transferir o processo inteiro para Londres. Mas mesmo a Corte de Jersey duvida que essa opção possa ser aceita. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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