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Brasília - No ano que antecede a eleição presidencial, o governo prepara um grande esquema de divulgação oficial de suas ações e das entrevistas do presidente Lula, visando a atingir principalmente as classes D e E que, com a melhoria na renda, estão migrando para a C e já compram jornais populares. Exatamente as classes que têm o grosso dos votos e costumam decidir as eleições.

A ideia do governo é criar uma coluna denominada "O presidente responde", para distribuição aos jornais populares, que detêm cerca de 50% da circulação média dos diários do país. Haverá também entrevistas gravadas do presidente para distribuição às rádios antes das viagens. "Esse é um público que a gente quer alcançar. Não na publicidade, mas na comunicação com a imprensa", disse o secretário de Imprensa do Planalto, Nelson Breve.

O Palácio do Planalto tem hoje uma espécie de embrião do grande sistema de comunicação popular que pretende montar. Põe à disposição das milhares de rádios do país o programa semanal "Café com o presidente". Nele, Lula faz comentários sobre tudo, do desempenho da equipe de ginástica na Olimpíada à frustração com o futebol masculino, da crise global que, assegurou, não atingiria o Brasil, às obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e sua importância para a manutenção do emprego.

O governo não se preocupa apenas em aumentar o alcance das notícias a respeito do presidente e de seus feitos nos jornais populares e rádios, por intermédio da oferta de entrevistas e material jornalístico. Para a propaganda oficial, na qual são feitas as divulgações de obras do governo, foram reservadas para este ano R$ 542 milhões. Só a Presidência da República terá R$ 155 milhões – R$ 139 milhões para a propaganda institucional e R$ 16 milhões para divulgações de utilidade pública.

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