Após participar de audiência pública na Câmara, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, disse que tem a confiança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que se sente "absolutamente confortável" no cargo. Segundo ele, as denúncias envolvendo seu nome e de seus assessores na quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa são inconsistentes.
- (Estou) absolutamente confortável, eu tenho a confiança do presidente, estou fazendo um trabalho muito sério no Ministério da Justiça, as denúncias, entre aspas, não têm consistência, de modo que eu estou trabalhando normalmente e vou tocar pra frente - afirmou.
Bastos disse que está fazendo um trabalho respeitável no Ministério da Justiça e que sua permanência à frente da pasta não prejudica o governo.
- Isso quem vai dizer é o presidente da República. Se ele quiser que eu não fique, eu não fico. O cargo é dele, mas eu conto com a confiança do presidente da República. Ainda ontem ele disse isso. Eu estou fazendo um trabalho respeitável no Ministério da Justiça, na coordenação do governo e vou continuar fazendo isso - afirmou.
O ministro negou que tenha tratado de uma possível demissão com Lula nesta terça-feira.
- Eu nunca falei que poderia sair do governo porque isso está implícito na minha nomeação. Eu sou demissível ad nunc. Na hora em que o presidente quiser, eu saio, mas o presidente não quer que eu saia - disse.
O ministro confirmou que na próxima semana deve ser ouvido em sessão conjunta do Congresso sobre a violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa. Bastos disse que não vê problema em depor em qualquer dia da semana, mas afirmou que existe uma negociação no Parlamento para que ele vá em uma sessão única do Congresso na quinta-feira.
- Pelo que eu soube hoje, está sendo preparada uma sessão conjunta entre Câmara e Senado para que eu seja ouvido. Eu venho com muita honra, eu me ofereci pra depor, depois pedi a antecipação desse depoimento, não foi possível, mas agora, a partir da semana que vem, quinta-feira pra mim está um dia perfeito - disse.
Sobre a denúncia oferecida pelo Ministério Público ao Supremo Tribunal Federal no inquérito do mensalão, o ministro disse que esse é um fato importante, e mostra que as instituições estão funcionando.
- A denúncia do procurador-geral da República é um fato importante na História do Brasil. Ela mostra que as instituições estão funcionando. Foi feita em cima de um inquérito produzido inteirinho pela Polícia Federal - disse.
O ministro ressaltou que a denúncia não é uma condenação, apenas uma proposta do MP para que determinadas pessoas sejam julgadas, lembrando que os acusados terão direito a ampla defesa.
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