O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, enviou à Mesa do Senado ofício se oferecendo para prestar esclarecimentos sobre o suposto envolvimento de seus subordinados na operação de quebra ilegal de sigilo da conta do caseiro Francenildo Costa. No ofício, o ministro informa que está pronto para falar tanto na Câmara como no Senado em função dos requerimentos de parlamentares interessados em ouvi-lo.

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Dois assessores de Bastos, o secretário de Direito Econômico, Daniel Goldberg, e o chefe de gabinete do ministro, Claudio Alencar, encontraram-se com o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci para tratar do assunto na casa de Palocci. O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), apresentou um requerimento, que ainda não foi votado, para ouvir os dois assessores de Bastos.

Antes de Bastos ter encaminhado o ofício, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), dissera que busca decisão consensual entre os líderes dos partidos sobre requerimento de convocação do ministro da Justiça, apresentado pelo líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM).

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- Estamos conversando sobre solução consensual sobre isso. Talvez não seja necessário votar requerimento - considerou.

O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, acredita que não há motivo para convocação.

- Entendemos que não há nenhum fato, nenhum indício de prova e nenhum fato concreto que comprometa o ministro Márcio Thomas Bastos. Pelo contrário, tudo deixa evidente que ele foi prontamente responsável, que tomou todas as medidas necessárias e que não há nenhum motivo para que ele seja convocado - afirmou, ao sair de encontro com o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP).

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