O relator da CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), cobrou do doleiro Toninho da Barcelona, que presta depoimento nesta terça-feira a três CPIs (também a dos Bingos e do Mensalão), promessas, que teria feito ao depor em São Paulo no mês passado, de novas revelações. Mas não conseguiu arrancar do depoente nenhuma novidade.
Toninho da Barcelona disse não saber nomes de políticos ou partidos que operassem com remessa de dinheiro para o exterior. O doleiro apenas informou que a corretora Bônus-Banval fazia operações para campanha políticas e, segundo disse, era o elo com o deputado José Janene (PR), líder do PP e suspeito de envolvimento no mensalão, e com o PT.
Serraglio leu trecho do depoimento de Toninho da Barcelona em São Paulo lembrando que ele prometera dar nomes em outra oportunidade. Toninho da Barcelona se limitou a contar que ouvia de um dos donos da Guaranhuns (outra empresa que teria remetido dinheiro para o exterior em nome de políticos), Lucio Funaro, sobre operações 'com o fulano'. O relator deduziu então que se falasse em nomes e pediu a Barcelona para dizer os nomes. O doleiro, porém, se desculpou pelo uso do termo 'fulano' e voltou a citar Janene:
- O comentário na Guaranhuns, sobre o mercado, era de que a Bônus-Banval estava cooperando com a campanha do deputado Janene - disse.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Enquete: como o Brasil deve responder ao boicote de empresas francesas à carne do Mercosul?
“Esmeralda Bahia” será extraditada dos EUA ao Brasil após 9 anos de disputa