A quadrilha que traficava remédios pela internet presa nesta sexta-feira na operação Tráfico.com movimentou US$ 20 milhões em um ano, de acordo com a Polícia Federal. A organização vendia medicamentos que são de uso controlado no Brasil, como calmantes e antidepressivos - contendo substâncias como codeína, morfina e outros entorpecentes - pela internet e remetia pelo correio. Um e-mail, com provedor na Ásia, era usado para a aquisição dos medicamentos. Segundo a PF, uma conta com US$ 2,5 milhões está bloqueada nos Estados Unidos.
Com o apoio da Receita Federal e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a operação, realizada em duas etapas, prendeu 15 pessoas no Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina, incluindo um norte-americano e um uruguaio.
O líder do grupo foi preso no Rio Grande do Sul. Com ele, havia 10 mil cápsulas vazias de remédios. Foi encontrado também um laboratório clandestino, e um quarto envolvido está foragido. Depois das prisões de 12 pessoas em julho deste ano, na primeira fase da operação no interior paulista, a polícia descobriu a conexão com o Sul. O crime organizado também tinha pontos no Rio de Janeiro, onde uma universidade era usada como laranja para forjar uma aquisição lícita dos medicamentos.
Três empresas de distribuição de medicamentos gaúchas estão sendo investigadas pelo suposto envolvimento no esquema, já que os remédios saíam do Rio Grande do Sul. Uma delas é a distribuidora de medicamentos Medex. O dono da distribuidora, Alvacir Batista, negou irregularidades e afirmou que a investigação diz respeito a um cliente da empresa e se colocou à disposição da PF, da Receita e da Anvisa.
A primeira fase da operação ocorreu em 26 de julho, em conjunto com a entidade Drug Enforcement Administration, dos Estados Unidos. Na ocasião, foi preso um grupo criminoso que utilizava um site na internet para remeter drogas por via postal a diversos países do mundo. Na primeira fase, foram emitidos 10 mandados de busca e apreensão e sete de prisão em São José do Rio Preto. A Anvisa informou que os remédios vendidos são controlados no Brasil por conterem entorpecentes e psicotrópicos.
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