O juiz auxiliar do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TER-MG), Rogério Medeiros Garcia de Lima, suspendeu a diplomação do deputado federal eleito pelo PT Juvenil Alves na tarde desta sexta-feira. A decisão vale até o fim do processo de investigação de abuso de poder econômico e atendeu a um pedido do Ministério Público Eleitoral.
Preso na Operação Castelhana da PF, que deteve outras 12 pessoas por fraude fiscal, o deputado é suspeito também de crime eleitoral. O diretório do PT em Minas suspendeu temporariamente o político. Caso as denúncias contra ele feitas pela PF sejam confirmadas, o deputado poderá ser expulso do partido.
Documentos apreendidos pela Polícia Federal durante a Operação Castelhana poderiam comprovar prática de ilícito eleitoral, como recebimento de doações não declaradas. O juiz Rogério Medeiros determinou a notificação do deputado eleito e impôs segredo de Justiça a todos os documentos que constam na representação do Ministério Público Eleitoral.Deputado voltou para a prisão menos de 24 horas após libertação
Juvenil Alves, que também é advogado, é acusado de comandar uma quadrilha e está preso na carceragem da PF. Após cinco dias na prisão, o deputado deixou a cadeia, na madrugada de terça-feira, com o fim do prazo da prisão preventiva. Porém, voltou menos de 24 horas depois, após ser flagrado tentando coagir testemunhas.
Segundo a PF, a quadrilha teria causado prejuízo de R$ 1 bilhão em operações de lavagem de dinheiro. O escritório do deputado, um dos mais conhecidos de Belo Horizonte, é especializado em abrir sociedades off-shore no exterior, em nome de laranjas, para ocultar bens de empresários brasileiros.
Os acusados de envolvimento no esquema devem responder por estelionato, evasão de divisas, falsidade ideológica, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.
Também nesta sexta-feira, a PF apreendeu um cofre num apartamento - avaliado R$ 3 milhões - que pertence ao deputado, em Belo Horizonte. Policiais suspeitam que o cofre tenha ações ao portador que comprovariam que brasileiros continuam sendo os verdadeiros donos de empresas criadas no exterior pelos escritórios de advocacia do deputado federal.
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