A legalidade da candidatura do deputado Antonio Belinati (PP) à prefeitura de Londrina, região Norte do estado, pode ser decidida nesta sexta-feira (17) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os ministros do TSE não chegaram a um consenso na sessão de quinta-feira, desta forma, ainda continua indefinida a situação do registro do candidato do Partido Progressita. A disputa pelo segundo turno continua normalmente e só será alterada caso a candidatura seja cassada.

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Independentemente da resolução do pleno do TSE, o caso não se revolve hoje, uma vez que tanto Belinati como o Ministério Público poderão recorrer da decisão. Segundo a assessoria de imprensa do TSE, o caso terá um final somente quando se esgotarem todas as possibilidades de recurso, o que pode demorar alguns meses. Assim, antes desta definição, o processo eleitoral continua normalmente.

Caso o processo seja julgado e aponte a inelegibilidade de Belinati, o candidato terá os seus votos anulados. Assim, se esta decisão ocorrer antes da realização do 2º turno, quem volta para a disputa é Barbosa Neto (PDT), que ficou em terceiro lugar. Se a decisão ocorrer após a realização das eleições do dia 26 de outubro, a assessoria de imprensa do TSE informou que será necessário um novo 2º turno envolvendo Hauly e Barbosa Neto.

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Adiamento

Um pedido de vista do ministro Arnaldo Versiani, adiou a resolução no julgamento, previsto para quinta-feira (16), do recurso do Ministério Público Eleitoral (MPE) contra a decisão monocrática (julgamento feito por uma só pessoa) do ministro do TSE, Marcelo Ribeiro, que liberou Belinati para concorrer no pleito. O MPE defende a manutenção de uma decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), que considerou Belinati inelegível.

Outro ministro do TSE, Joaquim Barbosa, mostrou-se contrário à decisão inicial do ministro Marcelo Ribeiro. Para tentar definir a situação do candidato de Londrina, o presidente do TSE, ministro Ayres Brito, convocou um sessão extraordinária.

O registro do candidato do PP está sob judice, pois quando era prefeito de Londrina, Belinati teve reprovado, em 99, pelo Tribunal de Contas do Paraná gastos em um convênio com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER).

Belinati critica o "tapetão"

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Belinati se disse tranqüilo em relação à validade de sua candidatura e avalia este processo como um "tapetão" para impedi-lo de concorrer à prefeitura. "O resultado não nos preocupa, porque o recurso do MP é uma prática natural. O que nos dá tranqüilidade são as decisões anteriores que foram favoráveis à nossa candidatura".

O candidato do PP ainda questionou porque só agora foram rever esse convênio, uma vez que a sua candidatura para a Assembléia Legislativa foi considera legal. Mesmo assim, se mostra confiante. "Isso não atrapalha porque fui o mais votado no 1º turno e a pesquisa divulgada ontem nos dá a vitória no 2º também. Vou continuar fazendo a minha parte, levantando cedo e dormindo tarde, apresentando minhas propostas em busca pessoalmente de cada voto. Pois a eleição pode se definida em apenas um voto", concluiu.