A estratégia do PMDB de usar o reajuste do mínimo para pressionar o governo federal por mais cargos no Executivo teria sido sugerida pelo presidente do Senado, senador José Sarney (PMDB-AP). A informação é da coluna "Painel" da Folha de São Paulo de ontem. A intenção de Sarney seria usar o reajuste maior do mínimo para tirar o foco da disputa por cargos, real pleito dos peemedebistas.
"É só falar do salário que vai virar manchete", teria dito o presidente do Senado, durante reunião com líderes da legenda no apartamento do vice-presidente, Michel Temer, realizada no início desta semana. Logo depois da reunião, a cúpula peemedebista afirmou que não estava convencida com o valor do mínimo fixado em R$ 540. Integrantes do partido afirmaram que pretendem propor um mínimo de R$ 560. Tudo isso, em meio à crise da disputa pelos cargos no segundo escalão do governo. O que deixou evidente a relação entre os dois temas.
Na quarta-feira, os líderes do PMDB tentaram desvincular a discussão. Michel Temer afirmou que o partido aprovará um mínimo dentro das possibilidades do caixa do Tesouro. No mesmo dia, o líder do PMDB na Câmara, o deputado Henrique Eduardo Alves (RN), divulgou nota negando que o partido estivesse usando a discussão do mínimo para pressionar por mais cargos. Na mesma nota, porém, Eduardo Alves coloca que o partido quer discutir o valor de R$ 540 fixado pelo governo.
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