O líder do governo federal na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza (PT-SP), negou nesta sexta-feira (que a base aliada seja frágil e minimizou a crise enfrentada ontem, diante do impasse na votação do Código Florestal. "Se alguém está frágil, não é a base do governo", disse, após participar de debate nesta manhã, promovido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio).

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"O que eu tenho visto é que até agora o governo federal aprovou todas as questões que sejam de seu interesse", disse Vaccarezza. O petista reconheceu, contudo, que o imbróglio pode afetar as negociações com a oposição. "A oposição já fez uma declaração de guerra ao governo, mas nós não vamos aceitar".

A votação do Código Florestal deflagrou ontem na Câmara uma celeuma na base aliada da presidente Dilma Rousseff. O governo federal interferiu no adiamento da votação, o que gerou insatisfação entre lideranças de siglas que apoiam o Palácio do Planalto. O líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN) por exemplo, prometeu à bancada que nada será votado enquanto não for resolvido o impasse em torno do tema.

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Vaccarezza afirmou hoje que irá procurar o PMDB para discutir o Código Florestal, mas ressaltou que o governo federal tem posição consolidada sobre a iniciativa. "Nós vamos discutir com calma, mas vamos votar o Código Florestal", garantiu. "O governo federal quer uma posição equilibrada, que garanta o meio ambiente e a agricultura".

O parlamentar minimizou ainda as declarações acaloradas de alguns colegas ontem. "Aquele momento foi muito emocional, porque a maioria queria votar", afirmou Vaccarezza, destacando que o governo federal entendeu que a votação naquele momento poderia dar vazão a teses condenadas pela população. "Nós não vamos consolidar todas as áreas que foram desmatadas, não dá para fazer isso".