Condenado no processo do mensalão, o deputado Valdemar Costa Neto (SP) foi reconduzido ao cargo de secretário-geral do PR da Executiva Nacional do partido. Valdemar foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção passiva e lagavem de dinheiro. De acordo com o estatuto do partido, ele poderá ficar no atual cargo nos próximo quatro anos.
A recondução ocorreu em reunião da Executiva Nacional em Brasília no último domingo. Na ocasião, o senador Alfredo Nascimento (AM) também foi mantido na presidência nacional do partido. Os demais postos da Executiva também não foram alterados.
Apesar de ser considerado o "dono do PR", a permanência de Valdemar em um cargo da Executiva é contestada nos bastidores por alguns integrantes da legenda. Na análise dos dissidentes, a atual tese é de que Valdemar deve sair do cargo assim que o processo do mensalão transitar em julgado no STF, o que pode levar até anos.
"Após a decisão transitar em julgado, é óbvio que ele vai deixar o cargo. Ele será o primeiro a tomar a iniciativa. Já está acertado entre os integrantes da Executiva", disse um integrante do partido que não quis se identificar.Por outro lado, o líder do PR na Câmara, Lincoln Portela (MG), diz que não há constrangimento caso Valdemar fique no posto, mesmo após o desfecho do processo. "Não há sentimento contrário em relação ao Valdemar dentro do partido", disse Portela.
A realização da Executiva foi marcada também pelo isolamento do senador licenciado, Blairo Maggi (MT). Desde o início do último mês de agosto, ele deixou o cargo de senador para tratamento de saúde e de questões pessoais. Apesar de ter sido ex-lider do partido no Senado e atuar nas eleições municipais, ele não foi convidado para o encontro.
"Estou licenciado. Não estou sabendo da reunião", disse o senador que soube da reunião por meio da reportagem. Segundo integrantes da cúpula do partido, a falta do convite, no entanto, foi um recado ao senador.
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