Em depoimento nesta terça-feira na CPI do Mensalão, o empresário Marcos Valério confirmou que é amigo do Procurador da Fazenda Glênio Guedes, um dos beneficiados por recursos de contas do publicitário, acusado de envolvimento no suposto esquema de pagamento a parlamentares de partidos aliados em troca de apoio ao governo. Valério, no entanto, explicou que o procurador foi beneficiado apenas porque possui conta conjunta com o pai, um dos sócios do publicitário em um escritório de advocacia.
- Depositei R$ 2,5 milhões para Ramon, o pai de Glênio Guedes, sócio em um escritório de advocacia que tenho apesar de não ser advogado. Foi exclusivamente por contratos de advocacia, mas em hipótese alguma tem a ver com Glênio, que conheço de montar cavalo comigo e de ir ao Cepel - afirmou, fazendo referência ao Centro de Preparação Eqüestre da Lagoa, em Belo Horizonte.
A afirmação foi uma resposta aos questionamentos do deputado João Correia (PMDB-AC), que lembrou que o procurador era membro do Conselho de Recursos Financeiros que acompanhava as investigações das atividades do Banco Rural comandadas pelo Banco Central.
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