Os vereadores de Maringá recuaram e decidiram revogar os "super salários" de R$ 12 mil que seriam pagos aos vereadores a partir do próximo ano. A nova proposta apresentada em regime de urgência pela Comissão de Finanças e Orçamento (CFO) foi aprovada por unanimidade, nesta quinta-feira (24), com 13 votos favoráveis. Os vereadores Aparecido Regini "Zebrão" (PP) e Wellington Andrade (PRP) não compareceram na sessão. De acordo com matéria apresentada pela comissão, o salário dos parlamentares maringaenses passa dos atuais R$ 6.679 para R$ 6.900 (reajuste de aproximadamente 3,3%), cerca de R$ 5 mil a menos do que determinado no ano passado.
Já o presidente do Legislativo terá um subsídio de R$ 10.350. A proposta deve passar por segunda discussão na sessão da próxima terça-feira (29), quando poderá receber emendas.
A decisão ocorreu duas semanas após os parlamentares terem rejeitado o projeto de lei que derrubaria o subsídio de R$ 12 mil para R$ 8 mil. Na ocasião, a votação ficou empatada em sete a sete e o presidente da Câmara, Mário Hossokawa(PMDB) se absteve. A situação gerou descontentamento de várias entidades, inclusive da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim), que lançaram notas de repúdio contra a Câmara.
Um dos parlamentares que havia votado para manter os "super salários" naquela ocasião foi o líder do governo no legislativo, Heine Macieira (PP), que voltou atrás e se posicionou durante a sessão desta quinta-feira (24). "Ninguém perde com isso. Quem ganha é a população de Maringá que conseguiu fazer com que os vereadores repensassem, refletissem e chegassem a um acordo sobre esse subsídio".
A vereadora Marly Martin (PPL) ironizou a mudança de posicionamento dos parlamentares e citou que alguns colegas estavam "travestidos de casaco e sendo outra pessoa por dentro". "Mesmo de atestado, eu não podia perder [a sessão] com tanta gente mudando de ideia", declarou.
Segundo o presidente da CFO , Carlos Sabóia (PMN), os vereadores entraram em acordo após uma reunião. "Junto com os demais, chegamos à conclusão que o vereador tem profissão, não tem dedicação exclusiva ao cargo e não depende disso para sobreviver. O subsídio é para ele manter o status de vereador e os gabinetes. Então, o valor de R$ 6,9 mil é suficiente para exercer o mandato", declarou em entrevista para a RPC TV Maringá.
Salário do prefeito não é alterado
Apesar da redução no salário dos vereadores da próxima legislatura, os subsídios dos secretários municipais, do prefeito e seu vice não foram alterados. Com isso, o reajuste aprovado em novembro do ano passado foi mantido, estabelecendo um aumento de 44% no salário do prefeito, passando de R$ 17,3 mil para R$ 25 mil, maior até do que o subsídio pago atualmente ao prefeito de São Paulo (SP).
Governo promete reforma, mas evita falar em corte de gastos com servidores
Brasil tem portas fechadas em comissão da OEA para denunciar abusos do STF
CEO do Carrefour pede desculpas por criticar qualidade de carne brasileira
Como fica a divisão de poder entre direita e esquerda na América Latina após as eleições no Uruguai
Deixe sua opinião