Lula admite racha na base, mas ainda espera aliança com PMDB
Em entrevista concedida após votar na eleição interna do PT, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu um racha em sua base nos estados nas eleições de 2010. Mas, para ele, as divergências entre PT e PMDB não podem ser "impeditivas" para a campanha da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, pelo Palácio do Planalto em 2010.
O novo presidente do PT paranaense deve ser divulgado apenas hoje à tarde, mas números parciais divulgados ontem à noite davam ampla vantagem ao secretário estadual do Planejamento, Ênio Verri, candidato apoiado pela atual presidente do partido, Gleisi Hoffman. Até o fechamento desta edição, com as urnas de 30 municípios apuradas, o equivalente a 15% do total, Verri tinha 1.105 votos, contra 195 de Márcio Pessatti, 143 do deputado Tadeu Veneri e 8 de Alfeu Cappellari. Ao contrário de seus três opositores, que defendem candidatura própria do PT ao governo estadual, Verri se alinha com a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que prega composições entre partidos da base aliada, com prioridade à candidatura presidencial da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.
"Se eleito, trabalharei para fazer uma política de alianças a mais ampla possível, para priorizar o projeto nacional", disse Verri. Ele disse não ter preferência, para encabeçar a chapa, entre os possíveis aliados do PT no Paraná o vice-governador Orlando Pessuti, pelo lado do PMDB, e o senador Osmar Dias, do PDT.
"Uma aliança se faz em cima de um projeto. E o que tentamos é um projeto que reflita o saldo positivo dos governos do presidente Lula e do governador Roberto Requião sobre a comunidade. A partir daí, não coloco em escalas Osmar, Pessuti, ou mesmo os companheiros do PT Nedson (Micheletti, ex-prefeito de Londrina) ou Lygia (Pupatto, secretária estadual de Ciência e Tecnologia)."