Depois de quatro horas de conversa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na manhã de quinta-feira, 3, o pré-candidato ao governo do Estado do Rio pelo PMDB, vice-governador Luiz Fernando Pezão, reiterou nesta sexta-feira, 4, que o partido não aceita palanque duplo no Rio e cobrou lealdade do PT no Estado.
Pezão e o governador Sérgio Cabral (PMDB) não admitem a candidatura do senador petista Lindbergh Farias, porque, neste cenário, a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição, terá que se dividir entre os dois aliados.
Lula esteve no Rio para, segundo peemedebistas, discutir o atual quadro político no Estado. Apesar do bom relacionamento com Cabral e Pezão, o ex-presidente não tem mostrado disposição para convencer Lindbergh a desistir da disputa. O PT marcou para o fim de novembro a saída do governo estadual, onde tem duas secretarias e cerca de 150 cargos de confiança.
Nesta sexta, durante cerimônia de filiação de oito deputados estaduais ao PMDB, Pezão disse que Cabral, no passado, "estendeu a mão para o PT, para Lula e para Dilma".
"Somos leais com nossos aliados e não vamos deixar que ninguém nos passe para trás. Quem pensava que o PMDB estava fora do jogo agora sabe o tamanho do exército que a gente tem", discursou o vice-governador, que assumiu a pré-candidatura. "Deus me deu um pé grande pra eu poder caminhar muito. Vocês vão se orgulhar do candidato que vão ajudar a empurrar ano que vem", brincou.
Embora enfrente uma grave crise política, com protestos permanentes que pedem sua saída do governo e críticas pela atuação violenta da polícia contra manifestantes, Cabral mantém a ameaça de não apoiar Dilma se Lindbergh insistir na candidatura ao governo.
Filho do governador, o vice-presidente do PMDB-RJ e presidente nacional da Juventude do PMDB, Marco Antônio Cabral, pediu empenho na campanha. "O PMDB mudou o Rio e está transformando este Estado. A gente não vai ter vergonha de sair na rua ano que vem mostrando tudo o que foi feito", afirmou.
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