| Foto: Marcos Corrêa/PR

O resultado nas eleições municipais de partidos aliados do presidente Michel Temer deu fôlego para o avanço da agenda de reformas no Congresso, avaliam parlamentares que integram a base do governo.

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Segundo a análise de congressistas, a derrota do PT nas urnas, principal partido de oposição, e a vitória de candidatos a prefeito que defendem uma gestão austera, como João Doria (PSDB), em São Paulo, devem facilitar a aprovação da PEC que fixa um limite para os gastos públicos, a primeira grande reforma do governo após o impeachment de Dilma Rousseff. A proposta deve ir ao plenário na próxima semana.

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O primeiro teste de compromisso da base com a pauta de Temer após a disputa municipal ocorreu na noite de quarta-feira (5) durante a votação do texto principal do projeto que acaba com a obrigatoriedade da Petrobras ser operadora única do pré-sal. Dos 394 deputados votantes, 292 votaram a favor da proposta – 75%. Seis partidos – PSDB, DEM, PRB, PSC, PPS e SD – votaram integralmente favoráveis ao projeto e outros da base, como PMDB, PP, PR e PSD tiveram raras defecções.

Ao longo da semana, o governo contou com uma série de demonstrações de apoio à PEC do Teto. Sete partidos, que representam 266 votos, fecharam questão a favor da proposta. Ainda há apoios a conquistar, uma vez que são necessários 308 votos. Na comissão especial, o parecer do relator Darcísio Perondi, foi aprovado no início da noite de quinta-feira (6) por 23 votos a favor e 7 contra.

Para o senador José Aníbal (PSDB-SP), essa postura mais austera da base é “consequência direta” do resultado das urnas. “As eleições disseram isso claramente”, disse. Segundo ele, o eleitorado quer que os governantes tenham uma gestão austera e comprometida com os gastos públicos e a PEC tem de refletir essa nova percepção.

Para o presidente do PMDB, Romero Jucá (RR), o resultado das urnas facilita o encaminhamento do ajuste no Congresso. Mas ele ressalva que, apesar das críticas do PT de que as reformas vão retirar direitos dos brasileiros terem sido rechaçadas pelas urnas, ainda é preciso convencer a sociedade da necessidade das medidas.

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Para tucanos, o resultado das urnas alçou o PSDB ao posto de maior vitorioso do processo eleitoral, fazendo com que Temer respeite ainda mais a sigla e o leve à condição de principal partido da base.

“Os partidos da base são mais protagonistas e se consolidaram com o resultado das eleições. Agora cada partido é o governo e o sucesso do governo é o sucesso do partido”, disse o líder do PSD, Rogério Rosso (DF).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.