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Como parte da nova estratégia de comunicação do governo, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, fez um pronunciamento em cadeia de rádio e TV para explicar para população a necessidade de cortar despesas públicas e aprovar a Proposta de Emenda à Constitucional (PEC) do Teto dos Gastos. Ele lembrou que assumiu o cargo no momento em que o Brasil enfrenta a pior recessão de sua história.

“Os gastos públicos foram elevados muito além da arrecadação nos últimos anos. Para você ter uma ideia, só neste ano o nosso déficit será de R$ 170 bilhões”, disse o ministro. “Ou seja, esse é o tamanho do prejuízo que tivemos que assumir. E isso já vinha ocorrendo em anos anteriores”.

Assista ao pronunciamento do ministro na íntegra

Meirelles explicou que o governo vinha se endividando e pagando juros muito altos para poder financiar essa conta. Por isso, a inflação saiu do controle e está acima dos limites aceitáveis.

“O clima de insegurança tomou conta da economia”, disse o ministro.

O ministro ressaltou que investidores cancelaram projetos e milhões de pessoas perderam os seus empregos. Para tentar conseguir o apoio popular, Meirelles usou um exemplo familiar.

“Na sua casa, todos sabem que não podem se endividar para gastar mais do que ganham, continuamente. Com o governo acontece a mesma coisa. Temos que sair da crise e reverter esse quadro de recessão e de desemprego. É por isso que defendemos o equilíbrio das contas do país”.

Leia a íntegra do pronunciamento de Meirelles

Durante a fala, Meirelles explicou que é necessário um prazo para ajustar as contas de forma gradual, “sem retirar direitos, sem cortar o dinheiro dos projetos mais importantes”. Disse que saúde e educação serão áreas preservadas e que são criados mecanismos para garantir que essas áreas prioritárias não terão perdas.

“Com o controle dos gastos, o Brasil vai recuperar a credibilidade. A confiança de consumidores, investidores e empresários já está retornando. Já notamos os primeiros sinais dessa mudança”.

Ele disse que confia que o Congresso aprovará a medida e que ela é o caminho para a volta do crescimento de nossa economia e para a criação de empregos. “O momento exige de todos nós dedicação e esforço para que o Brasil volte a crescer e gerar prosperidade. Não aceitamos mais inflação e desemprego. Porque os mais pobres é que pagam essa conta”, disse.

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