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Alex Canziani chegou a apoiar o governo Dilma Roussef | GAZETA/JONATHAN CAMPOS
Alex Canziani chegou a apoiar o governo Dilma Roussef| Foto: GAZETA/JONATHAN CAMPOS

O primeiro voto de um paranaense no processo do impeachment será dado pelo deputado Alex Canziani (PTB). Favorável ao afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT), Canziani afirma que a petista deve deixar o cargo não apenas por causa das pedaladas fiscais de quase R$ 100 bilhões, mas por todo o contexto de denúncias que envolve o Partido dos Trabalhadores e a recessão econômica do país.

“Ficaram caracterizadas as pedaladas fiscais, mas meu voto é pelo conjunto da obra, por causa da corrupção, do desgoverno, da situação econômica, da questão fiscal e do desemprego”, afirma o deputado. “Dilma não tem condições de levar o governo adiante, nem tem lideranças no Congresso para encaminhar as medidas que serão necessárias”, avalia. Quando Canziani for se manifestar, já terão sido contabilizados 80 votos de deputados de cinco estados.

Dilma não tem condições de levar o governo adiante, nem tem lideranças no Congresso para encaminhar as medidas que serão necessárias.

Alexa Canziani deputado federal (PTB-PR).

Nem sempre o deputado foi favorável ao impeachment. Logo após a eleição de Dilma, Canziani declarou em entrevista em vídeo que era necessário respeitar o voto popular e que não via motivos naquele momento para prosperar um pedido de impeachment. Ele afirma que o “ponto de inflexão” para mudar de ideia ocorreu a partir da delação do senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS), ex-líder do governo no Senado.

Canziani dá como certo que a Câmara dos Deputados irá admitir o processo e acredita que o Senado deva rapidamente decidir também pela admissibilidade. “A pressão vai sair da Câmara e vai para o Senado. Com isso assume o vice-presidente Michel Temer (PMDB) e deve haver nova esperança para a população e o mercado, traz uma nova expectativa”, afirma. Para ele, Temer deveria já de início declarar que não será candidato à reeleição e nomear uma pequena quantidade de ministros que transmitam à sociedade um sinal de mudança. “Não é um momento alegre que o país está vivendo, há muita preocupação com o presente e com o futuro.”

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