O doleiro Alberto Youssef presta um depoimento nesta quinta-feira (6) sobre o caso Copel/Olvepar. O doleiro colabora com as investigações do Ministério Público do Paraná (MP-PR) sobre o caso, que teria desviado mais de R$ 84 milhões de dinheiro público estadual em 2002.
Esse não é o primeiro depoimento de Youssef sobre o caso. Ele já colaboram com as investigações desde meados de julho desse ano. A colaboração faz parte do primeiro acordo de delação assinado por Youssef, ainda em 2004.
Ao menos quatro pessoas do alto escalão do governo estadual à época do caso foram citadas por Youssef nos depoimentos. Muitos dos crimes já estariam prescritos.
Entenda o caso
Em 2002, a empresa de transportes Rodosafra tinha um crédito de R$ 15 milhões para receber da Olvepar (Óleos e Vegetais Paraná S/A). Como a Olvepar passava por dificuldades, ofereceu como pagamento um crédito de ICMS que tinha com o governo do estado. Os créditos, porém, foram considerados irregulares pelo Tribunal de Justiça (TJ) em 2000.
Em novembro de 2002, final do governo Jaime Lerner, o governo paranaense autorizou o reconhecimento de créditos de ICMS no valor de R$ 67 milhões. A Copel comprou, “com desconto”, um total de R$ 45 milhões em créditos de ICMS da Olvepar, pelo valor de R$ 39,6 milhões.
Segundo as investigações, o valor total do prejuízo foi de R$ 84,6 milhões: R$ 39,6 milhões desembolsados pela Copel e R$ 45 milhões referentes ao ICMS que a Olvepar deixou de pagar ao estado.
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