Mascote Fit

Animal

A linguagem das calopsitas

Francielle Colpani, especial para a Gazeta
06/02/2010 02:12
A produtora Nicole Sourient, 22 anos, percebeu que poderia se comunicar com Jude, sua calopsita macho de 2 anos, e entendê-la melhor se prestasse atenção aos pequenos detalhes. “Quando o Jude chegou, ele ficou dois dias fugindo da gente. O penacho sempre apontava para cima, então percebi que isso significava que ele estava nervoso ou atento”, diz ela.
Hoje, Jude está mais tranquilo, mas quando quer chamar a atenção da família começa a gritar. E os sons emitidos pelas calopsitas também são importantes para a compreensão do seu estado de espírito. “Quando ela está brava faz um barulho parecido com uma tosse. Nessa hora é melhor se afastar, porque ela pode bicar. Se o barulho for parecido com um grito pode ser que ela só esteja carente,” conta Julio Torres, criador de calopsitas há 14 anos.
A médica veterinária Maíra afirma que as calopsitas domésticas costumam ser muito infantis. “Elas são carentes e ciumentas, precisam de atenção. Se forem criadas com carinho tornam-se muito dóceis”, explica Maíra. Nicole afirma que a relação entre ela e Jude é bem parecida com a que teria com um cachorro ou gato. “Quando ele escuta o barulho da chave na fechadura, sabe que estamos chegando e fica gritando dentro da gaiola. É como se estivesse ansioso pela nossa chegada.”
Outra característica marcante nessas aves é a vaidade. Elas não gostam de ter suas penas desarrumadas. “O Jude gosta muito de água. De vez em quando eu pego ele e borrifo algumas gotas. Isso é o suficiente para que fique um bom tempo penteando as penas.”
A calopsita de Nicole teve as penas cortadas ainda filhote e por isso nunca conseguiu voar. Muita gente faz isso para evitar que o pássaro fuja. “Já ouvi falar que não é bom cortar, mas quando ganhei o Jude o criador já havia feito”. A médica veterinária Maíra não concorda com o corte. “Quando ficam impedidas de voar, as calopsitas escalam os sofás e cortinas da casa. Recebo muitos animais que caem e se machucam por não conseguirem voar, ação que é da natureza dos pássaros. Não é certo tirar isso deles.”
Serviço
Clinica Vida Livre. Rua Petit Carneiro, 77, Água Verde – (41) 3343-2871.
Julio Torres (criador de calopsitas). Rua Antonio Scorssin, 901, Santa Felicidade – (41) 3273-5448.
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