Comportamento

Santuário de Schoenstatt em Curitiba é refúgio de peregrinos há 33 anos

Carolina Werneck
19/05/2018 07:00
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No Campo Comprido, Santuário de Schoenstatt recebe peregrinos de várias cidades do Paraná e até de fora do estado. Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo | Gazeta do Povo

Em um grande terreno com ares bucólicos no bairro Campo Comprido, em Curitiba, fica o Santuário de Schoenstatt Tabor Magnificat. O nome pode parecer complicado, mas o propósito do Movimento Apostólico de Schoenstatt é muito simples. “O fundamento é viver a santidade na vida diária”, como explica o padre Marcelo de Souza, capelão do santuário de Curitiba.
No último dia 20 de maio fez 33 anos que a pequena capelinha coberta pelos ramos de uma trepadeira faz companhia às araucárias curitibanas ao fundo. Desde que foi instalada ali, em 1985, a movimentação de visitantes é intensa mesmo durante a semana. Dentro da capela cabem pouco mais de 40 pessoas. Mesmo assim, os peregrinos vão e vêm ao longo do dia, rezando por alguns minutos do lado de dentro e aproveitando a paisagem do lado de fora.
Para o padre, que está há quatro anos à frente do santuário, há uma relação de carinho entre a cidade e o lugar. “O santuário acolhe todo mundo que acorre a ele. É um lugar muito querido. É como a casa de uma mãe, um lugar bem familiar, onde as pessoas se sentem bem e vêm porque sabem que serão bem recebidas.”
Aposentada, Ana Becker, de 83 anos, diz que vai à capelinha pelo menos duas vezes ao mês. “Antigamente eu ia mais, ia até mais de uma vez por semana. Mas agora eu moro meio longe e tive que diminuir. O lugar, para mim, é um pedacinho do céu, a morada da mãe de Deus. A gente encontra uma paz, um bem-estar muito diferente de outros lugares.”
Dentro da capela algumas fileiras de bancos acomodam  pouco mais de 40 pessoas. Foto: Divulgação
Dentro da capela algumas fileiras de bancos acomodam pouco mais de 40 pessoas. Foto: Divulgação

Herança alemã

Fundado em outubro de 1914, logo depois do início da Primeira Guerra Mundial, o Movimento de Schoenstatt tem como pai o padre Josef Kentenich. Em Schoenstatt, na Alemanha, está a primeira capela. Todas as outras espalhadas pelo mundo – são 23 só no Brasil – são iguais à original alemã.
“Nós chamamos as capelinhas de filiais, porque existe a original. Todas as outras são filiais. E foi um pedido do fundador que todas fossem iguais àquela. Ele queria que os santuários fossem esses lugares inspiradores. Assim como foi para ele na Alemanha, com certeza seria para muitas outras pessoas”, explica o padre Marcelo.
Em Curitiba, no entanto, a construção com ares alemães ganhou um jardim bem brasileiro. Quem vai até o Campo Comprido para conhecer o santuário encontra, além das araucárias, azaleias, beijinhos, cravos e outras flores muito conhecidas do lado de cá do Atlântico. “O espaço do santuário se tornou um lugar tão aconchegante porque a capela é pequeninha. Mas também tem toda a questão do jardim, do bosque. É um lugar que transmite muita paz. Você passa pelo portão e sente que o lugar é diferente”, opina o padre.
No outono, os ramos que cobrem a frente da capela perdem as folhas, mas não deixam a capela menos charmosa. Foto: Carolina Werneck/Gazeta do Povo
No outono, os ramos que cobrem a frente da capela perdem as folhas, mas não deixam a capela menos charmosa. Foto: Carolina Werneck/Gazeta do Povo

Comemoração dos 33 anos

Para celebrar o aniversário do santuário em Curitiba, uma programação especial foi desenvolvida. No domingo (20), as atividades começam às 15h30, com a consagração das crianças a Nossa Senhora. Em seguida, às 16h, tem o terço da família. Para encerrar o dia, às 17h será realizada uma missa com queima de fogos.

O que é o movimento?

Pertencente à Igreja Católica, o Movimento Apostólico de Schoenstatt é uma ordem internacional. Consagrado a Nossa Senhora, o movimento busca se inspirar nela. “Schoenstatt chama homens e mulheres a viver uma espiritualidade que tem como fundamento a santidade na vida diária. Isto é, você cuidar de viver bem as pequenas tarefas do seu dia. Se a gente pegar a vida de Maria, a gente vê que ela foi uma boa mãe, boa esposa e boa filha. Então nos inspiramos na vida dela para buscar a santidade”, detalha o padre Marcelo.

Serviço

Santuário de Schoenstatt Tabor Magnificat
Aberto todos os dias das 7h30 às 18h30, com entrada e estacionamento gratuitos.
Cantina e loja de souvenirs abertos de terça a domingo, das 9h às 18h.
Missas: de segunda a sábado às 17h, aos domingos às 11h e 17h.
Todos os domingos consagração das crianças a Nossa Senhora, sempre às 15h30.
Todo quarto sábado do mês, bênção das gestantes.

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