“Tendemos a sofrer mais pelas fantasias a respeito do futuro do que pela realidade. Uma das formas mais simples de acabar com essa angústia é tentar viver o presente”, afirma o psicólogo. Segundo ele, quando criamos expectativas a respeito de um futuro que não é bom, deixamos de atuar no presente e de fazer o que é necessário para modificar a realidade, postergando a solução. O especialista orienta a focar no presente ao invés de perder tempo conjecturando sobre os dias que virão. “É preciso gastar a energia que se tem disponível para coisas que de fato são eficazes, não adianta ficar pirando. As fantasias afetam nossa percepção da realidade, e quanto mais fantasiamos, mais postergamos nosso bem-estar.”
Com a correria do dia a dia, perdemos o contato com nosso próprio organismo, afirma Moro. “Ficamos tão fixados nos nossos problemas que esquecemos de ouvir os sinais que o nosso corpo dá. Temos sede e não nos damos conta de que estamos com sede. Não nos percebemos tensionando os ombros por estresse no trabalho.” Isso faz com que deixemos de fazer escolhas que propiciariam satisfação ao nosso organismo, como beber água ou alongar.
Em situações de estresse, temos de achar uma forma corporal de aliviar a tensão, afirma o especialista. “Praticar esportes ou fazer movimentos que relaxem, dar uma volta e respirar um ar, sair da rotina, tomar café com pessoas diferentes, tudo isso nos tira de um padrão. E tudo que é novo exige atenção. Focar no novo coloca nossa atenção na realidade atual e nos reconecta com o aqui e o agora.”
Você tem tido dificuldades para dormir? A cabeça acelerada, cheia de pensamentos, não te deixa “desligar”? “Faça anotações num caderno com as questões que estão te inquietando. Ficar pensando para tentar resolver vai te impedir de dormir. Botar na folha do papel é como delegar os problemas ao caderno, ou como botá-los numa gaveta. Você sabe que eles estão ali, ajuda a descarregar e você pode dormir sossegado. No dia seguinte, você cuida deles.”
Faça exercícios de relaxamento: “Preste atenção no pé, sinta o pé, sinta a unha do dedo e vá subindo, sinta a perna, até completar o corpo todo. Saia da agitação cerebral e foque no sensorial”, orienta. Atividades como ioga e meditação ajudam a desacelerar a mente e levar a vida com mais leveza.