Começa com uma vermelhidão parecida com a de uma reação alérgica a frutos do mar ou uma queimadura do sol, mas logo surgem pequenas lesões vermelhas no peito, dorso das mãos, braços e coxas. A coceira característica denuncia: alergia ao sol ou, no nome médico, erupção polimorfa à luz. Se ficar longe do sol não é possível, cuidados extras podem garantir uma exposição saudável, como explicam o dermatologista do hospital Evangélico, Lincoln Fabrício, e a dermatologista do Centro Especializado da Pele Cepelle, Karin Helmer.
Coceira intensa
O primeiro sinal de que a pele está sofrendo uma alergia à luz solar aparece como um grosseirão que lembra o sarampo, segundo Fabrício. Mas o sintoma que mais incomoda é a coceira. "A pessoa às vezes não aguenta, não consegue dormir e acha que foi o protetor solar, a água salgada com a areia ou a roupa que causou aquilo", explica o médico. Segundo Karin, a alergia não causa dor, mas uma vez que as bolinhas (erupções) aparecem, a tendência é de que a coceira melhore entre 7 e 10 dias.
Fim dos sintomas
A coceira intensa é amenizada com pomadas ou injeções de corticoides. As lesões cutâneas também tendem a desaparecer com o uso desses medicamentos. Quem teve reação alérgica ao sol em anos anteriores também está acostumado a carregar na mala de viagem um anti-histamínico ou antialérgico para interromper os sintomas.
Não foi o camarão, nem o limão
Como as características são parecidas, há quem acredite que a vermelhidão se origine de uma alergia aos frutos do mar ou do limão espirrado sem querer na pele. Porém, uma dica da médica é se lembrar de quando comeu pela última vez. "A alergia ao camarão geralmente aparece logo em seguida à refeição. A reação ao limão, quando a pessoa expõe a pele ao sol, é a princípio vermelha", afirma Karin.
Cuidado redobrado com as peles mais claras
Apesar da vontade de se jogar logo na areia e ficar com a cor do verão, todo cuidado é pouco na hora de expor a pele invernal ao sol. A pessoa deve começar devagar, com poucas horas de exposição ao dia, sempre passando o filtro solar com proteção contra os raios UVA com fator 50, de preferência. "Esses são os raios responsáveis pela dermatose, enquanto o UVB é o que gera as queimadura do sol. Os filtros com as duas proteções são os mais indicados", afirma Fabrício. Não tenha medo de usar protetor demais e fique atento aos horários mais adequados à exposição: antes das 11 horas e depois das 16 horas (no horário de verão).
Hora do sol
Mesmo o frequentador assíduo das praias no verão pode se deparar com alergia ao sol. A reação varia de acordo com o tempo de exposição, mas quem tem a pele mais clara corre risco maior. Usar protetor solar contra os raios UVA é fundamental.
Colunistas
Agenda
Animal