dieta

Controvérsia em cápsulas

Melissa Medroni, especial para a Gazeta do Povo
18/04/2013 03:15
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Guia de óleos

Azeite de oliva extravirgem: fonte de compostos fenólicos de atividade antioxidante. É rico em ômega 9, gordura monoinsaturada que auxilia no aumento do HDL. Não deve ser aquecido.

Óleo de amendoim: de alto valor nutritivo, destaca-se pela concentração de vitamina E. Excelente para pratos especiais e saladas.

Óleo de canola: tem menos gordura saturada que qualquer óleo comestível. Indicado para cozimento, molhos e sobremesas, pois apresenta alto ponto de fumaça.

Óleo de gergelim: fonte de ômegas 3, 6, 9 e vitamina E, antioxidante que protege as células da ação dos radicais livres. Usado em saladas, pratos frios e massas.

Óleo de girassol: fonte de ômega 6 e vitamina E. Utilizado a frio, diretamente sobre os alimentos e em molhos para saladas ou ainda em cozimento rápido em baixas temperaturas.

Óleo de linhaça: fonte de ômegas 3 e 6. Ótimo para saladas e pratos frios. Pode ser misturado na proporção de dois de azeite de oliva para um de óleo de linhaça para temperar saladas.

Óleo de macadâmia: um dos mais usados pelos chefes de cozinha em preparações, saladas e refogados, devido ao seu sabor. Fonte de ômegas 7 e 9.

Óleo de soja: fonte de ômegas 6 e 3. Deve-se preferir os prensados a frio. Ótimo para saladas e pratos frios.

Fonte: Thais Souza, nutricionista da Mundo Verde.

No ano passado, a procura pelo óleo de coco, extraído da prensagem da polpa da fruta, aumentou 170% em relação a 2011, segundo dados da rede Mundo Verde, maior franquia de produtos naturais da América Latina. O sucesso deve-se à promessa de promover a saciedade, ajudar a emagrecer, combater doenças cardiovasculares e aumentar o colesterol bom. Esses efeitos, no entanto, não são consenso entre os especialistas, que aconselham cautela.
Conduzido por professores do Instituto de Nutrição Josué de Castro, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, um estudo avaliou os efeitos do óleo de coco em um grupo de homens levemente obesos por 45 dias, comparado a outro que ingeriu óleo de soja no mesmo período.
Segundo a professora Eliane Lopes Rosado, que orientou a análise, apenas o grupo que usou óleo de coco apresentou um aumento do HDL, o chamado "colesterol bom". "Os dois grupos, contudo, apresentaram redução de peso, somente por seguirem uma dieta normal", diz.
A conclusão não é unânime. "Não há comprovação científica de benefícios e os estudos são escassos e controversos", diz o professor de endocrinologia da Universidade Fe­­deral do Paraná e diretor da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Meta­bologia, Henrique Suplicy, para quem o consumo excessivo, seja em forma líquida ou em cápsulas, pode ocasionar diarreia, enjoo, mal estar e, ainda, aumentar o peso e o colesterol ruim.
Coconut diet
Em regra preconiza três colheres de sopa por dia. Como cada uma tem 117 kcal e 13,6 g de gordura saturada, 351 kcal são adicionados à alimentação diária. A consequência, de acordo com o endocrinologista, Henrique Suplicy, é que o indivíduo engorde com o acréscimo de calorias e, devido à gordura saturada, veja subir o seu colesterol bom, mas também o ruim.
US$ 40 bilhões
Foi o gasto com tratamentos alternativos para a obesidade nos Estados Unidos em 2011.
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