Sim. As dietas vegetarianas são compatíveis com a prática esportiva, desde que bem planejadas para evitar deficiências nutricionais, diz Vivian Elizabeth Lia, nutricionista do Hospital Albert Einstein, de São Paulo. A dieta vegana (sem produtos de origem animal) pode ser deficiente em aminoácidos e ácidos graxos essenciais, além de cálcio, zinco, vitamina B12 e ferro, o que pode levar à anemia, limitando o transporte de oxigênio para os músculos.
A quota dietética recomendada de proteínas é de 0,8g/kg/dia, mas atletas de força, potência ou velocidade têm o índice elevado para 1,8g e atletas de endurance 1,4g.
Como a ingestão proteica entre vegetarianos também costuma ser menor, é necessário aprimorar a dieta.
Mel Gabardo/Gazeta do Povo
Pistache com cerveja
Essa pode ser uma combinação saudável segundo estudo da Universidade do Estado da Pensilvânia, principalmente em relação à saúde do coração. A cerveja contém álcool em pequenas doses e pode proteger o organismo contra o risco de doença cardíaca coronária, aumentando a quantidade de colesterol "bom", e diminuindo o risco de arteriosclerose (endurecimento das artérias). Os antioxidantes, presentes em ambos, são substâncias que podem proteger as células do corpo contra moléculas que provocam doenças cardíacas, certos tipos de câncer e diabete.
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O problema é o jantar
Pessoas que utilizam restaurantes por quilo sabem quais alimentos são ou não saudáveis. O problema é aquilo que se come à noite: geralmente alimentos com maior teor de gordura e calorias, como alimentos congelados ou de preparo mais rápido. Os dados são da pesquisa "Nutrir-se ou comer", realizada pela nutricionista Odete Santelle, na Faculdade de Saúde Pública da USP, sob a orientação do professor Fernando Lefevre. A maioria dos entrevistados disse que gostaria de mudar aquilo que comem durante o jantar, principalmente fast food, frituras, croissants, pizza e pão de queijo, portanto, alimentos congelados, comida pronta ou de preparo mais rápido. As justificativas para essas más escolhas são a falta de tempo para cozinhar ou de habilidade culinária, pelos congelados serem mais práticos e rápidos, e por não poderem guardar a comida fresca por muito tempo.
Ultraprocessados
São alimentos que "mesclam substâncias extraídas de alimentos, como óleos, gorduras, açúcares, amidos, ou de outros componentes processados, como gorduras hidrogenadas, proteínas hidrolizadas, amidos modificados, adicionados de conservantes e de aditivos cosméticos e que contêm pouco ou nenhum alimento integral na sua formulação", segundo o professor Carlos Augusto Monteiro, do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Faculdade de Saúde Pública da USP. São exemplos de ultraprocessados que, segundo ele, têm rapidamente substituído as dietas baseadas em alimentos no Brasil: pães industrializados, produtos panificados, biscoitos, salgadinhos, barras de cereal, cereais matinais, guloseimas em geral, embutidos, nuggets, sopa instantânea, macarrão instantâneo, refrigerantes, bebidas esportivas e outras bebidas açucaradas. Monteiro foi um dos autores de um artigo veiculado em fevereiro na revista The Lancet que tratou deste assunto.
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