Todos os animais – de todas as espécies – dormem, mas as funções do sono não eram tão conhecidas nem pelo público, nem pelos especialistas até agora. Um estudo divulgado na revista científica PLOS Biology, e desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, provou que o sono traz um benefício antioxidante importante para o organismo.
A
pesquisa, publicada este mês, analisa os hábitos de sono de uma variedade mutante das moscas Drosófilas, as conhecidas”mosca de fruta”. Esses insetos possuem um defeito fisiológico comum – tem um f
enótipo mais sensível ao estresse oxidativo agudo. O defeito diminui o tempo de sobrevivência da variedade em relação às demais moscas quando expostas a esse estresse.
Ao perceberem que quanto mais as moscas dormiram (induzidas geneticamente ou farmacologicamente), maior era a taxa de sobrevivência, os pesquisadores concluíram o papel até então desconhecido do sono:
“defesa contra o estresse oxidativo”, ressalta os pesquisadores no
estudo.
Esse estresse está relacionado ao surgimento de diferentes doenças, como enfartes e doenças degenerativas – por isso que o estudo tem sido propagado pelos pesquisadores como fundamental para entender um pouco mais das causas e, possivelmente, a cura de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer ou Parkinson.
Falta de sono: consequências importantes
As consequências de uma noite mal dormida são bem conhecidas da população, que vão desde mau humor ao desequilíbrio do organismo. Mas, o que nem sempre todo mundo lembra, é que a falta de sono também enfraquece o sistema imunológico, aumenta as chances de ganho de peso, além de elevar o risco de diabetes, depressão, entre outras doenças.
Isso acontece porque, além do desequilíbrio nos hormônios, há um prejuízo na “faxina” que o cérebro comanda todas as noites, e não há recarga das energias nas células da forma com deveria ser feita. Se a pessoa continuar nessa vida insone, o prejuízo aos sistemas, especialmente o imunológico, tende a crescer e outras doenças surgem. Confira algumas:
Lesão do sistema cardiovascular, exigindo mais do coração e das artérias;
Aumento no risco de doenças coronarianas e Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC?s);
Sobrepeso;
Depressão;
Ansiedade;
Desregulação dos hormônios, como a produção da testosterona, por exemplo;
Prejuízo da memória;
Problemas cognitivos e emocionais;
Problemas de atenção;
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