Anacreon de Téos
Panela do Anacreon
Marghê, a pizza que qualquer italiano assinaria
Fazer pizza é coisa séria. Não
é para qualquer um.
é para qualquer um.
Quer dizer, qualquer um pode
fazer, mas nem sempre aquilo dá para se chamar de pizza.
fazer, mas nem sempre aquilo dá para se chamar de pizza.
E não estou falando dos
amadores, como nós, que vamos tentando ajeitar as coisas na cozinha e no forno,
sempre torcendo pelo melhor. Estou, sim, falando dos profissionais, da turma da
pizzaria, que está em toda parte, fazendo alarde de seus produtos.
amadores, como nós, que vamos tentando ajeitar as coisas na cozinha e no forno,
sempre torcendo pelo melhor. Estou, sim, falando dos profissionais, da turma da
pizzaria, que está em toda parte, fazendo alarde de seus produtos.
Curitiba tem centenas – sim,
centenas – de pizzarias, espalhadas por todos os cantos da cidade e pelas dark
kitchens. Mas, numa peneirada básica, tirar 5% disso para listar na ala da
qualidade, já dá um trabalhão.
centenas – de pizzarias, espalhadas por todos os cantos da cidade e pelas dark
kitchens. Mas, numa peneirada básica, tirar 5% disso para listar na ala da
qualidade, já dá um trabalhão.
Fazer pizza não é sovar uma
massa de pão, espalhar molho de tomate pronto por cima, umas fatias de queijo
daqueles que não se pode chamar de muçarela – mas que passam por isso – e cobrir
com algumas fatias de linguiça, cebola ou o que mais possa ser.
massa de pão, espalhar molho de tomate pronto por cima, umas fatias de queijo
daqueles que não se pode chamar de muçarela – mas que passam por isso – e cobrir
com algumas fatias de linguiça, cebola ou o que mais possa ser.
E, nesses moldes, se encaixa a
grande maioria, que pode, por consequência, cobrar bem baratinho para tentar
pegar os clientes pelo bolso. Daí a pessoa recebe a pizza, na mesa ou em casa,
e o primeiro ato é qual? Retirar a borda e deixar de lado, por ser muito dura.
Se deixar esfriar um pouco, já vem o segundo alarme: o queijo ficou borrachudo.
E aí, a cada nova mastigada, mais defeitos vão aparecendo.
grande maioria, que pode, por consequência, cobrar bem baratinho para tentar
pegar os clientes pelo bolso. Daí a pessoa recebe a pizza, na mesa ou em casa,
e o primeiro ato é qual? Retirar a borda e deixar de lado, por ser muito dura.
Se deixar esfriar um pouco, já vem o segundo alarme: o queijo ficou borrachudo.
E aí, a cada nova mastigada, mais defeitos vão aparecendo.
Há não muito tempo era
possível contar nos dedos de uma só mão as boas pizzarias de Curitiba. Hoje em
dia, com mais seriedade, mais estudo e mais dedicação dos empresários, já é
possível montar um bom rol de locais onde é possível comer (ou encomendar) uma
pizza de qualidade. Como se fosse numa das ruas de Nápoles ou em qualquer
cantina italiana.
possível contar nos dedos de uma só mão as boas pizzarias de Curitiba. Hoje em
dia, com mais seriedade, mais estudo e mais dedicação dos empresários, já é
possível montar um bom rol de locais onde é possível comer (ou encomendar) uma
pizza de qualidade. Como se fosse numa das ruas de Nápoles ou em qualquer
cantina italiana.

Um dos principais
procedimentos para termos uma pizza correta é saber fazer uma boa massa. Que começa
com uma farinha premium, evidentemente. Italiana, evidentemente. Que é
trabalhada, sovada, leva algumas dobras e vai para a geladeira, descansar um
mínimo de três horas e um máximo de três dias.
procedimentos para termos uma pizza correta é saber fazer uma boa massa. Que começa
com uma farinha premium, evidentemente. Italiana, evidentemente. Que é
trabalhada, sovada, leva algumas dobras e vai para a geladeira, descansar um
mínimo de três horas e um máximo de três dias.
Isso se chama fermentação
lenta, que é a alma da pizza napolitana. Não confundir com fermentação natural
(muita gente confunde e se atrapalha em explicar), que tem como base o levain e
também demora bastante para crescer. Embora também seja possível utilizar em
pizzas, com bons resultados.
lenta, que é a alma da pizza napolitana. Não confundir com fermentação natural
(muita gente confunde e se atrapalha em explicar), que tem como base o levain e
também demora bastante para crescer. Embora também seja possível utilizar em
pizzas, com bons resultados.
A Marghê
Nessa linha de qualidade e
seriedade, chega agora a Marghê. Agora é modo de dizer, uma vez que começou
dias atrás o atendimento presencial, pois já vinha no delivery havia um bom
tempo, desde que a pandemia impediu a inauguração da casa, no início do ano
passado.
seriedade, chega agora a Marghê. Agora é modo de dizer, uma vez que começou
dias atrás o atendimento presencial, pois já vinha no delivery havia um bom
tempo, desde que a pandemia impediu a inauguração da casa, no início do ano
passado.
Marghê vem de Margherita, é
claro, justamente a mais icônica e famosa das pizzas.
claro, justamente a mais icônica e famosa das pizzas.
A Margherita, que surgiu em
1889, é coberta com tomate, muçarela (tradicionalmente fiordilatte) manjericão
fresco, azeite extra virgem e sal. Obra do chef Raffaele Esposito para
homenagear a então Rainha da Itália, Margherita di Savoia, criando um prato
salgado com as mesmas cores da bandeira italiana.
1889, é coberta com tomate, muçarela (tradicionalmente fiordilatte) manjericão
fresco, azeite extra virgem e sal. Obra do chef Raffaele Esposito para
homenagear a então Rainha da Itália, Margherita di Savoia, criando um prato
salgado com as mesmas cores da bandeira italiana.
E a Marghê justifica o nome. É
muito boa e pode, certamente, ser incluída naquele rol das poucas que se situam
lá em cima na classificação. As massas cumprem à risca a fermentação lenta e a
deles demora 48 horas. O tomate é italiano, o queijo é da Levitare (garantia de
sabor e qualidade) e os demais itens das diversas combinações são todos de
primeira qualidade.
muito boa e pode, certamente, ser incluída naquele rol das poucas que se situam
lá em cima na classificação. As massas cumprem à risca a fermentação lenta e a
deles demora 48 horas. O tomate é italiano, o queijo é da Levitare (garantia de
sabor e qualidade) e os demais itens das diversas combinações são todos de
primeira qualidade.

Ao todo, o cardápio apresenta 30 opções de pizzas, além de burratas (da Mozzarellart, deliciosas, as melhores que conheço) e magliones (calzones abertos) como entradas. Tem uma Burrata di Parma (R$ 39) que provei e é muito gostosa. Pra começar em alto astral.
Entre as pizzas (confira o cardápio aqui), algumas clássicas, como a já citada Margherita (R$ 50 de quatro fatias e R$ 62 de seis fatias), Calabresa (R$ 54/R$ 67), Portuguesa (R$ 48/R$ 60), Quatro queijos (R$ 48/R$ 60) e Marinara (R$ 39/R$ 49). Há também algumas com assinatura da casa, como a Blumenau (R$ 53/R$ 67) e a Burrata e Parma (R$ 64/R$ 80), entre outras.
E, claro, as ditas “populares”,
com combinações do gosto do brasileiro que um italiano certamente não aprovaria
(mas faz parte do paladar de alguns), como Frango
e requeijão (R$ 48/R$ 64) e toda uma lista de pizzas doces.
com combinações do gosto do brasileiro que um italiano certamente não aprovaria
(mas faz parte do paladar de alguns), como Frango
e requeijão (R$ 48/R$ 64) e toda uma lista de pizzas doces.
Há, portanto, pizzas para todos os gostos. Desde os mais exigentes até os mais populares. Mas todas com os mesmos ingredientes de qualidade.
A adega colorida tem boa variedade de vinhos e espumantes e os preços são bem interessantes - margem de lucro bem pequena em cada rótulo.

O empreendimento
A Marghê nasceu do interesse
de Thomas Luis de Paula pelos sabores que a pizza representa. Executivo de uma
grande empresa (ainda consegue acumular as funções), o empresário passou um
tempo na Itália, estudando o mercado de lá e assimilando alguns conceitos das
pizzas lá produzidas e servidas.
de Thomas Luis de Paula pelos sabores que a pizza representa. Executivo de uma
grande empresa (ainda consegue acumular as funções), o empresário passou um
tempo na Itália, estudando o mercado de lá e assimilando alguns conceitos das
pizzas lá produzidas e servidas.
Com muito bom gosto ele escolheu o local e aprovou a decoração, que utiliza muitas cores em toda parte. O laranja se destaca na parte externa e o forno tem pastilhas coloridas em seu lado externo (é forno a gás, mas atinge altíssima temperatura, chegando a 480ºC, embora eles usem só até 420ºC , e até dá um pouco do defumado do forno a lenha), a adega tem prateleiras de acrílico que mudam de cor, os banheiros têm uma decoração descontraído, que lembra cartas de baralho. Azulejos, lustres, lenha, os sofás, todo o mobiliário é conceitual e moderno. Obra da arquiteta Emily Trapp, que acertou em cheio o conceito casual do restaurante.
Tudo isso no entorno e mais
uma pizza boa são para atrair e cativar quem por lá resolve aparecer. E que
certamente volta depois.
uma pizza boa são para atrair e cativar quem por lá resolve aparecer. E que
certamente volta depois.
A casa funciona de terça a domingo,
das 18h às 23h.
das 18h às 23h.

Marghê Pizzeria
Rua Camões, 354 – Alto da XV
Fone: (41) 3501-9705
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Entre em contato com o blog:
Blog anterior: http://anacreonteos.blogspot.com/
Twitter: http://twitter.com/AnacreonDeTeos
E-mail: a-teos@uol.com.br