O Ministério da Agricultura divulgou nesta semana que o Brasil está autorizado a exportar maçãs frescas para a Índia. O governo indiano alterou a legislação local relativa ao controle de pragas, inserindo a possibilidade de tratamento a frio antes do embarque e em trânsito, por 40 dias, nos carregamentos de maçãs brasileiras.
De acordo com a Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a negociação com os indianos durou vários anos e envolveu, além do Mapa, o Ministério das Relações Exteriores e produtores brasileiros.
A novidade abre um mercado em potencial, que antes só permitia a entrada de maçãs por meio do tratamento com brometo de metila, substância que apresenta alguns riscos ao meio ambiente e tem uso restrito a determinadas situações.
Com a retirada do entrave fitossanitário, o Brasil deve ter crescimento relevante nas exportações para o mercado indiano, segundo avaliação da Associação Brasileira de Produtores de Maçã (ABPM). “Estou convicto que já em 2018 a Índia será o maior destino de nossas exportações de maçãs frescas”, comemora Moisés Lopes de Albuquerque, diretor executivo da ABPM.
Oportunidade para o Sul: exportação de maçãs
A região Sul produz 98% da fruta no país, sendo que a última safra foi finalizada em 1,3 milhão de toneladas. Os maiores produtores são os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, seguidos pelo Paraná.
Até julho deste ano, o Brasil embarcou 55 mil toneladas, com divisas de US$ 42 milhões.
Atualmente, os países importadores da maçã brasileira são Bangladesh - que importa em média 35% do volume total exportado pelo Brasil -, além de Irlanda, Portugal, Reino Unido, França, Rússia, Espanha, Emirados Árabes Unidos, Países Baixos (Holanda), Suécia, Arábia Saudita e Índia. Agora, com a novidade, os indianos devem pular para a liderança na importação da maçã brasileira.
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