Frutas têm ano de rejeição, com preços pressionados pelas importações de 2014. Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo| Foto:

As principais regiões produtoras, no Sul do país, terminaram a colheita das variedades precoces (eva e condessa) em janeiro. Mas, apesar da boa qualidade, a procura foi menor do que na safra do ano passado diante de um mercado ainda abastecido, o que pressionou as cotações, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq-USP. Maçã graúda rende R$ 2,73 por quilo ao produtor, 24% a menos do que um ano atrás.

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“Com relação à qualidade, estamos em um dos melhores anos: a fruta está lisa e colorida. Porém, o mercado não colabora. O preço pago ao produtor caiu, embora o consumidor não esteja sendo beneficiado”, observa o presidente da Associação dos Fruticultores do Paraná (Frutipar), Ivanir Dalanhol. O setor tenta estocar uma parcela maior da produção até o segundo semestre.

Mercado externo

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uma explicação para a pressão sobre os preços está nas importações, que aumentaram 24% de 2013 para 2014, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). “A importação é forte quando falta qualidade no mercado nacional, que foi o que aconteceu ano passado, porque o calor de janeiro prejudicou o desenvolvimento das frutas”, comenta o presidente da ABPM. Ele prevê que, mesmo com fruta de boa qualidade no mercado interno, as compras externas sejam estáveis em 2015.

Para a exportação, com o dólar em alta, o panorama é positivo, prevê Dalanhol, da Frutipar. “Aumentamos a expectativa de exportar a fruta”. Ele conta que os embarques já começaram, a partir do Rio Grande do Sul.