| Foto: Pixabay/Divulgação

As gigantes do agronegócio Bunge, Archer Daniels Midland (ADM), Cargill e Louis Dreyfus Company (LDC) anunciaram nesta semana que pretendem, a longo prazo, aumentar a confiabilidade, eficiência e transparência de suas operações, substituindo processos manuais baseados em papel – vinculados a contratos, faturas e pagamentos – por uma abordagem mais moderna, ancorada em uma base de dados digital.

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Em nota divulgada pelas multinacionais, elas argumentam que o objetivo é melhorar a transparência e a eficiência das operações para os clientes, lançando mão de tecnologias emergentes, como blockchain e inteligência artificial. O intuito é reduzir processos que exigem demasiadamente recursos e tempo dentro da cadeia global de valor dos seus commodities.

Uma forma de fazer isso seria investir na padronização e digitalização de transações de transporte agrícola global para beneficiar toda a indústria. “Inicialmente, a ADM, a Bunge, a Cargill e a LDC estão focadas em tecnologias para automatizar os processos de execução de grãos e oleaginosas, pois representam uma parte altamente manual e custosa da cadeia de suprimentos, com a indústria gastando quantias significativas de dinheiro todos os anos ao redor do mundo. A eliminação de ineficiências levaria a tempos de processamento de documentos mais curtos, reduzindo a espera e melhorando a visibilidade de contratação de ponta a ponta”, afirmaram as empresas em nota.

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De acordo com a ADM, é preciso simplificar processos e reduzir erros dentro da cadeia produtiva. E a transformação digital seria o caminho para atingir esse objetivo. Já a Bunge, informou que espera que a iniciativa seja capaz de acelerar os aprimoramentos no gerenciamento de dados e nos processos de negócio, trazendo a automação que o setor precisa. “As tecnologias promissoras não só proporcionarão sinergias e eficiências para nós mesmos como acreditamos que também serão de vital importância para atender melhor os clientes, estabelecendo as bases para permitir maior transparência”, reiterou o CEO da Bunge, Soren Schroder.

Ian McIntosh, CEO da LDC, revelou que em janeiro deste ano a companhia concluiu a primeira transação de commodities agrícolas através do blockchain - sistema formado por uma “cadeia de blocos” em que as transações são espalhadas por esses diversos blocos, que apesar de estarem sob forte criptografia podem ser acessados livremente.

A operação, segundo McIntosh, mostrou a capacidade da tecnologia de gerar eficiências e reduzir o tempo normalmente gasto em processamento manual de documentos e dados. “Ao trabalhar com a indústria para adotar dados e processos padronizados, podemos realmente aproveitar todo o potencial das tecnologias emergentes para melhorar o comércio global”, conclui.