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Análises avaliam características e fertilidade do solo, fundamentais para uma boa produtividade; A expectativa é dobrar o número de procedimentos: atualmente, são 4 milhões por ano, em todo o país. | Christian Rizzi / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Análises avaliam características e fertilidade do solo, fundamentais para uma boa produtividade; A expectativa é dobrar o número de procedimentos: atualmente, são 4 milhões por ano, em todo o país.| Foto: Christian Rizzi / Agência de Notícias Gazeta do Povo

Mal daria tempo de buscar um cafezinho e, pronto (!), lá estaria uma análise completa de solo, em 30 segundos, com dados sobre as características e fertilidade da terra, fundamentais para uma boa produtividade. É o que promete uma nova tecnologia, criada pela Embrapa em parceria com a iniciativa privada. O sistema, que foi chamado de SpecSolo, usa sensores que captam a vibração das moléculas na amostra de solo e cruza essa informação com um enorme banco de dados online para chegar ao resultado.

Hoje, segundo os desenvolvedores, todo esse processo pode levar dias, além de gerar resíduos que poluem o meio ambiente. “A solução é uma das maiores inovações em análise de solos das últimas cinco décadas no Brasil” diz o chefe-geral da Embrapa Solos, Daniel Vidal Pérez.

O projeto ainda conta com um sistema especialista para gerar recomendações de adubação e calagem, segundo os principais manuais disponíveis no país. A tecnologia atende a diferentes públicos, como laboratórios, cooperativas, usinas de açúcar e álcool, órgãos de pesquisa e extensão rural, empresas de agricultura de precisão e consultores.

“Ela irá permitir a substituição, com rapidez e precisão, dos métodos tradicionais em análise de solos, muitos deles poluentes ao meio ambiente, mitigando os impactos ambientais e diminuindo os custos dos laboratórios com o tratamento e destinação correta de resíduos”, afirma André Marcelo de Souza, pesquisador da Embrapa responsável pelo SpecSolo

Além disso, devido à sua versatilidade, produtores rurais que antes tinham dificuldade de conduzir as análises e, consequentemente, as recomendações de adubação e correção, passarão a ter fácil acesso ao novo sistema. Em consequência, espera-se um aumento de produtividade devido ao uso racional de corretivos e fertilizantes, com redução dos impactos ambientais e melhoria da qualidade de vida no meio rural.

A expectativa é dobrar o número de análises: atualmente, são 4 milhões por ano, em todo o país. O procedimento é exigido, inclusive, para a liberação do crédito rural, pois possibilita a avaliação de riscos do negócio.

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