No seu discurso na abertura da 53ª ExpoLondrina, o governador Beto Richa (PSDB) acenou ontem com o projeto para duplicar o trecho da rodovia PR-445, entre Londrina e Mauá da Serra, reivindicação de deputados e de entidades como a Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), que tem organizado reuniões com deputados estaduais para cobrar a medida. Na entrevista coletiva que concedeu antes da abertura, o tucano disse que a duplicação ainda seria estudada. Depois, durante o seu discurso, chegou a “anunciar” a duplicação, arrancando aplausos da plateia. Na sequência, brincou com os “aplausos antecipados” e corrigiu, dizendo que está “formatando uma proposta para duplicar de Mauá da Serra a Londrina”.O governador também falou em negociações para que as concessionárias do pedágio façam as obras e reduzam o preço cobrado nas praças.
Flávio Balan, presidente da Acil, comemorou o anúncio dos “estudos avançados” para a duplicação e disse que as entidades devem fazer algumas reivindicações. Entre elas estão a instalação de uma única praça de pedágio no trecho, que seria “depois de Tamarana [para quem sai de Londrina]” e com o padrão de preço dos pedágios implantados pelo governo federal, que são mais baratos que os do Paraná. Balan declarou que, embora tenha sentido “firmeza” na fala do governo do Estado, “se não acontecer [a duplicação] vamos cobrar”.
Cobrança
Na mesa de abertura da Exposição, o presidente da Sociedade Rural do Paraná (SRP), Moacir Sgarioni, fez algumas cobranças do setor ao poder público. Ele reclamou da demarcação das terras indígenas, que seriam desproporcionais ao tamanho da população de índios no País (“seria compreensível se houvesse índios para produzir tanto”) e reclamou do “ritmo de investimentos do poder público”, citando “estradas ruins, pedágios caros” e os problemas para escoamento da safra.O deputado André Vargas (PT), que preside interinamente a Câmara Federal, disse que há interesse do Congresso em votar o “ato cooperativo”, que daria “tratamento tributário adequado para as cooperativas”.
Convênio para aeroporto e passarela
O governador Beto Richa aproveitou a abertura da ExpoLondrina para assinar convênio com o Município que garante o repasse de cerca de R$ 6,2 milhões para o término da desapropriação das residências na face sul para ampliação do Aeroporto de Londrina. Com isso, a Prefeitura encerra as desapropriações dessa área e pode doar os terrenos à União. Sem a doação, a Infraero não pode começar as obras de ampliação da pista. No total, o governo do Estado já repassou ao Município cerca de R$ 16 milhões e deve repassar outros R$ 11 milhões.
O dinheiro, que deveria ter sido entregue em 2012, só pode ser liberado agora por conta da falta de uma certidão negativa da Prefeitura no Tribunal de Contas. “Assim que assumimos, começamos a correr atrás para podermos concluir esse processo. Agora podemos efetivamente começar as desapropriações da face norte”, disse o prefeito Alexandre Kireeff.
Beto Richa também anunciou, em seu discurso, a construção de uma passarela na BR-369, em frente ao Parque Ney Braga, palco da ExpoLondrina. Segundo ele, o presidente da Sociedade Rural do Paraná, Moacir Sgarioni, solicitou ajuda do governo do Estado para isso. “Nós vamos começar agora a discutir essa construção, mas ela vai sair. É uma obra importante, não só na época da Exposição, mas para todos os eventos que são realizados durante o ano”, afirmou o governador.
Sgarioni disse estar muito feliz com a notícia e que a obra vai ser tornar um portal de entrada para a cidade. “Já ganhamos o projeto da Econorte e posso afirmar que, se realizado do jeito que está, será um marco arquitetônico.” De acordo com ele, a obra foi uma recomendação da Polícia Rodoviária Federal e do Ministério Público Federal, para dar mais segurança aos pedestres.
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