A safra do Brasil vai alcançar a marca de 217 milhões de toneladas na temporada 2016/17. O resultado foi apresentado na tarde desta sexta-feira (31), no encerramento da 11ª Expedição Safra. O índice, chamado de Indicador Brasil, será o maior já registrado em um único ciclo.
A Expedição Safra aponta que serão colhidas 107,82 milhões de toneladas de soja e 31,7 milhões de milho primeira safra. Na safrinha são esperadas 60,9 milhões de toneladas e o restante, para atingir a marca total recorde, será composta por outros grãos, como arroz, trigo e feijão.
O evento teve a presença de 150 pessoas, entre elas o governador do Beto Richa, e foi realizado dentro do Parque de Exposições Governador Ney Braga, em Londrina (PR), onde ocorre a 57ª edição da ExpoLondrina.
Giovani Ferreira, coordenador da Expedição Safra, da Gazeta do Povo, fez um balanço do setor e apontou as tendências para o próximo ciclo. “Em 1960, segundo dados da FAO, tínhamos 4,3 hectares de terra cultivada por pessoa. Em 2020, que é amanhã, teremos 1,8 hectare por pessoa. E as áreas de agricultura estão aqui, na América do Sul. Mas isso não basta, precisamos de estratégia para aproveitar todas as oportunidades, especialmente nas exportações.”
“Essa grande safra é um pilar na economia e traz um reflexo muito positivo ao Brasil. Hoje, apesar de todo o mar de corrupção, estamos em um momento de otimismo, e muito disso ocorre pela expectativa da excelente safra”, frisou Afrânio Brandão, presidente da Sociedade Rural do Paraná.
“Fico muito feliz com as avaliações aqui feitas. Nosso governo está sempre presente nos eventos realizados pelo agronegócio”, disse Beto Richa. O governador afirmou, ainda, que a uma das prioridades do governo são os investimentos e citou a criação da Adapar, que ajudou a liberar mercados na Rússia, e a melhora na eficiência do Porto de Paranaguá, utilizado para escoar a produção agropecuária do estado para o mundo. “Quando assumi, o Porto de Paranaguá movimentava 13 milhões de toneladas por ano. Agora, já são 27 milhões de toneladas.”
Confira mais depoimentos do encerramento da Expedição Safra 2016/17
Norberto Ortigara, secretário de Agricultura do Paraná, adiantou em primeira mão alguns números da agricultura 2016. “O campo do Paraná, em termos de Produção Bruta, teve um resultado de 87,3 bilhões em 2016 comparado com o ano passado, mesmo em um ano com quebra por causa do clima. Foram 10 bilhões a mais em 2016 do que em 2015”, salientou.
“Quero parabenizar a todos pelos números apresentados aqui e ressaltar a importância do agronegócio para a economia do país. A Caixa oferece 10 bilhões de reais em crédito ao setor neste ano”, acrescentou Olides Milesi Júnior, superintendente da Caixa Econômica Federal no Norte do Paraná.
“Hoje, 60% da produção do Paraná passa pelo sistema cooperativista. Somente a Integrada vai receber 1 milhão de toneladas de soja, cerca de 5% de toda a produção do Paraná”, ressaltou o presidente da cooperativa Integrada, de Londrina, Jorge Hashimoto.
“Nossas profissões , com nossos 80 mil representados, estão diretamente ligados ao agronegócio e não poderíamos ficar de fora de uma iniciativa como a Expedição Safra. Se pensa muito no engenheiro agrônomo, mas todas as engenharias, como mecânica, nos tratores, civil, nos barracões e inúmeras outras, totalmente relacionadas. Estamos juntos com todo nosso conhecimento técnico à disposição também do agronegócio”, destacou Joel Krüger, presidente do CREA-PR.
“A Expedição Safra levanta informações essenciais e somos prova de que eles passam mesmo por todos os lugares onde atuamos. Eles mostram problemas e apontam soluções. Nós esperamos que, para o próximo ciclo, a safra brasileira e este projeto mantenham toda a força com que chegaram até aqui”, avaliou Fábio Cavazotti, coordenador de comunicação da Seara.
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