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Expedição Safra

Produtores de Rio Verde esperam resultado da soja para definir safrinha

Jalél Augeri Bertoti, produtor rural de Rio Verde, vai apostar seus 485 hectares na segunda safra, mas ainda não sabe quanto será de milho e quanto terá outras culturas. | Felipe Rosa/TRIBUNA DO PARANA
Jalél Augeri Bertoti, produtor rural de Rio Verde, vai apostar seus 485 hectares na segunda safra, mas ainda não sabe quanto será de milho e quanto terá outras culturas. (Foto: Felipe Rosa/TRIBUNA DO PARANA)

Na região de Rio Verde, em Goiás, o clima é de indefinição. Prática cada vez mais comum no estado, o costume de se plantar milho safrinha logo após a colheita da soja foi posto em xeque. Com quebra de até 100% no ciclo 2016/16 no milho, a cautela é quem domina as conversas com agricultores da região sobre o futuro das lavouras. E a área de milho segunda safra, que vinha crescendo ano após ano, deve se manter estável em 2017 ante 2016.

A Cooperativa Comigo, sediada em Rio Verde, atua em 13 municípios, com um total de 7 mil cooperados na região. A área de atuação direta da organização é de 1,2 milhão de hectares com soja já quase todos semeados e em bom desenvolvimento, com chuvas suficientes até o momento. Dessa área, 580 mil (cerca de 50%) devem ser ocupados por milho safrinha logo após a colheita da soja. Mas em qualquer conversa com os produtores, a dúvida sobre o investimento no milho é inevitável.

A Expedição Safra encontrou lavouras em bom desenvolvimento na região de Rio Verde, em Goiás. | Felipe Rosa/TRIBUNA DO PARANA

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A Expedição Safra encontrou lavouras em bom desenvolvimento na região de Rio Verde, em Goiás.

Em algumas lavouras, grãos da colheita do milho na última safra agora germinam e criam problema nas plantações de soja. | Felipe Rosa/TRIBUNA DO PARANA

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Em algumas lavouras, grãos da colheita do milho na última safra agora germinam e criam problema nas plantações de soja.

A região de Rio Verde aposta que o clima deve ajudar a cultura da soja neste ciclo. | Felipe Rosa/TRIBUNA DO PARANA

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A região de Rio Verde aposta que o clima deve ajudar a cultura da soja neste ciclo.

Rio Verde tem lavouras de soja até a beira da cidade. | Felipe Rosa/TRIBUNA DO PARANA

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Rio Verde tem lavouras de soja até a beira da cidade.

O produtor Jalél Augeri Bertoti é um dos que cultivam grãos bem pertinho da zona urbana | Felipe Rosa/TRIBUNA DO PARANA

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O produtor Jalél Augeri Bertoti é um dos que cultivam grãos bem pertinho da zona urbana

Goiás chama a atenção pelas belas paisagens de lavouras entre as cidades, na região de Rio Verde | Felipe Rosa/TRIBUNA DO PARANA

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Goiás chama a atenção pelas belas paisagens de lavouras entre as cidades, na região de Rio Verde

Quase todas as lavouras de soja da região de Rio Verde já estão semeadas | Felipe Rosa/TRIBUNA DO PARANA

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Quase todas as lavouras de soja da região de Rio Verde já estão semeadas

O produtor Fábio Cesca, de Rio Verde, em Goiás, está com receio de investir pesado nas lavouras neste ano e aposta em uma safra cheia para recuperar os prejuízos do ano passado | Felipe Rosa/TRIBUNA DO PARANA

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O produtor Fábio Cesca, de Rio Verde, em Goiás, está com receio de investir pesado nas lavouras neste ano e aposta em uma safra cheia para recuperar os prejuízos do ano passado

Jalél Augeri Bertoti, produtor rural de Rio Verde, é um exemplo da cautela com a safrinha. Ele sabe que dos 485 hectares nos quais semeou soja, ele vai fazer uma segunda safra. Mas Jalél não sabe exatamente o que plantará. Eu estou esperando para ver o que vai dar em relação a preço, como vai ser a colheita da minha soja. Uma parte eu vou plantar com milho, mas outra ainda não sei. Eu queria mesmo era plantar feijão, mas aqui é difícil”, diz Bertoti.

O superintendente da Comigo, Cláudio Teoro, explica que isso ocorre porque na safra 2016 de milho a quebra em Goiás foi de mais de 50%. “O maior risco é o produtor agora pensar que a safrinha de milho de 2017 pode ser tão boa a ponto de recuperar as perdas do ano passado, isso é muito perigoso. Nós sabemos que em áreas de baixa atitude, que não têm milho cultivado tradicionalmente na segunda safra, sempre correm mais risco de perdas”, alerta.

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