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sustentabilidade

Independente de posição do governo, indústria diz que não vai comprar soja de área desmatada

 | RR/DN/HANDOUT
(Foto: RR/DN/HANDOUT)

Uma semana após a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) divulgar uma carta ao candidato Jair Bolsonaro (PSL) com uma série de pedidos relacionados a questões ambientais, como o fim do licenciamento ambiental de atividade realizadas nas propriedades rurais, a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), lança nesta quinta-feira, 25, um comunicado para “reiterar os compromissos com a valorização da sustentabilidade na cadeia da soja”.

O grupo, que reúne os principais traders da soja, como Amaggi, Bunge e Cargill, reafirma a manutenção da moratória da soja - acordo que existe desde 2008, por meio do qual as empresas se comprometeram a não comprar soja plantada em áreas da Amazônia desmatadas após aquele ano - e apoio ao combate ao desmatamento ilegal.

Apesar de não ser direcionado para os presidenciáveis, o documento passa a mensagem de que o setor pretende reforçar seus programas de ação independentemente de quem assumir o governo no ano que vem.

“Em vista de recentes declarações públicas, feitas por diferentes entidades, sobre desmatamento zero e moratória da soja, a Abiove considerou imprescindível reiterar os compromissos com a valorização da sustentabilidade na cadeia da soja, nos mercados doméstico e internacionais, que há mais de 12 anos têm pautado as ações das empresas associadas”, escreve.

“Considerando o que somos e quem é o nosso consumidor, vamos continuar tocando nosso programa, mas gostaríamos que as políticas públicas estivessem alinhadas”, disse ao jornal O Estado de S. Paulo André Nassar, presidente executivo da Abiove, em referência a ações de combate ao desmatamento.

A moratória é considerada uma política que ajudou a conter a perda da floresta. “Se por qualquer razão o desmatamento crescer e houver ocupação dessa área por soja, nós não vamos comprar”, resume Nassar.

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