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Após reuniões, Temer e os convidados acabaram em uma churrascaria para “comer carne brasileira”, como pediu o presidente. | José Cruz/Agência Brasil
Após reuniões, Temer e os convidados acabaram em uma churrascaria para “comer carne brasileira”, como pediu o presidente.| Foto: José Cruz/Agência Brasil

O jantar em uma churrascaria oferecido pelo presidente Michel Temer a embaixadores neste domingo custou ao Palácio do Planalto R$ 13.844,29, uma média de R$ 200 por pessoa. Após a Operação Carne Fraca, divulgada pela Polícia Federal (PF) na última sexta-feira, Temer convocou reuniões de emergência no fim de semana com ministros e embaixadores importadores de carne. Todos acabaram em uma churrascaria para “comer carne brasileira”, como pediu o presidente. A imagem desse mercado brasileiro segue arranhada lá fora: China, Chile, Egito e Coreia suspenderam temporariamente as compras.

Toda a despesa do jantar foi paga pela Presidência. 69 pessoas entraram na conta que teve rodízio, bebidas e sobremesa. Cada convidado custou R$ 200,60, em média.

A operação desta sexta-feira, classificada como a maior da história da PF, detectou que superintendências regionais do Ministério da Pesca e do Ministério da Agricultura do Paraná, Minas Gerais e Goiás atuavam para proteger grupos empresariais, em prejuízo do consumidor. Foram presos executivos dos grupos JBS (de marcas como Friboi, Seara e Swift) e BRF (Sadia e Perdigão). Depois de dois anos de investigação, foram identificadas irregularidades como reembalagem de produtos vencidos e venda de carne imprópria para alimentação.

Até esta segunda-feira, China, Chile, Egito e Coreia estão entre os países que suspenderam a compra de carne brasileira. Eles pedem explicações ao governo brasileiro. A China, que tomou as medidas mais duras e rápidas, é o segundo maior comprador de carne do Brasil, seguida do Egito.

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