Apenas cinco dias após a deflagração da Operação Carne Fraca, os frigoríficos Souza Ramos e Master Carnes, ambos de Colombo, encerraram suas atividades por problemas financeiros. Na manhã desta quarta-feira, uma fila de funcionários se formou em frente às duas unidades para a assinatura dos avisos prévios. De acordo com assessoria das duas plantas, 300 empregos diretos foram encerrados. Essa quantidade dobra se levado em consideração os empregos indiretos.
A investigação da Polícia Federal colocou 21 frigoríficos do país – 19 deles do Paraná -- em suspeição por irregularidades que vão da comercialização de produtos vencidos até a adulteração de produtos com ingredientes de menor qualidade. A operação, entretanto, tem sido criticada por inicialmente não ter individualizado as suspeitas sobre cada estabelecimento e também por suposta imprecisão técnica.
O Frigorífico Souza Ramos, por exemplo, está sendo investigado por usar carne de aves em produtos etiquetados como peru. Embora isso não represente nenhum problema sanitário, trata-se de uma alteração que afeta diretamente o bolso do consumidor, que paga mais caro por um produto que deveria ser mais barato. Ele também é investigado por troca de favores troca de favores por procedimentos fiscalizatórios. Já o Master Carne, citado na investigação como Central de Carnes Paranaense é investigado por corrupção e injeção de produtos cárneos em seus produtos.
A reportagem apurou que os frigoríficos de Colombo alvos da operação estão recebendo retornos de grandes varejistas do estado que decidiram descartar toneladas de alimentos fornecidos por eles.
A assessoria de imprensa que atende os dois frigoríficos confirmou que ambos estão encerrando as atividades por problemas financeiros desencadeados após a deflagração da Operação Carne Fraca. A maioria dos funcionários já assinou os avisos prévios. Os frigoríficos não se pronunciaram sobre as acusações da Polícia Federal.
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