Este ano deve ser o último de baixa oferta de animais no ciclo da pecuária no Brasil, na opinião do presidente da Associação Brasileira de Criadores de Zebu, Luiz Claudio de Souza Paranhos. “Ainda devemos ter uma certa retração do abate e também uma retenção de fêmeas em 2016”, disse Ferreira à reportagem durante visita de jornalistas à associação na quinta-feira, 17, em Uberaba (MG).
Para ele, o preço da recria deve se manter em alta este ano e, com o aumento do custo do confinamento (devido aos preços dos grãos), a arroba pode chegar a R$ 170 no Estado de São Paulo, em um momento de pico. “Ela pode chegar a isso, mas no geral a tendência é de preços firmes”, afirmou.
Por outro lado, apesar da oferta de animais prontos para o abate se manter restrita e a escala das indústrias, no geral, ainda não ser confortável, ele não acredita que haja a paralisação de novas unidades, a exemplo do que a JBS fez no início deste mês, com a hibernação de cinco fábricas no País.
Ferreira disse ainda que acha normal haver novo repasse de preço para a carne bovina no varejo e que não vê isso como um problema. Para ele, a proteína deve se manter nos pratos dos brasileiros, apesar da crise econômica do País. “Não tenho medo também da substituição para carnes mais baratas”, afirmou.
A ABCZ realiza, de 30 de abril a 7 de maio, a 82ª ExpoZebu, exposição pecuária, em Uberaba, que terá como tema “Genética capaz de mudar” e uma série de eventos, como o julgamento Zebu a Campo e a Vitrine do Leite, entre outros.
A feira abrigará também o 1º Fórum Brasil-Índia, reunião sobre febre aftosa, com as entidades da pecuária latino-americana, como o Grupo Interamericano para a Erradicação da Febre Aftosa (Giefa), a Câmara Setorial da Carne Bovina do Ministério da Agricultura e a Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte da CNA, e o 1º Seminário Internacional da Raça Indubrasil.
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