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Maré vermelha

Depois do Paraná, SC libera comercialização e consumo de moluscos

Para fortalecer a maricultura, a Secretaria da Agricultura, Cidasc e setor produtivo constituíram dois grupos de trabalho, que poderão sugerir melhorarias nas normativas e a criação de mecanismos para apoio aos maricultores. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Para fortalecer a maricultura, a Secretaria da Agricultura, Cidasc e setor produtivo constituíram dois grupos de trabalho, que poderão sugerir melhorarias nas normativas e a criação de mecanismos para apoio aos maricultores. (Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo)

A Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina liberou, desde quarta-feira, 20, a comercialização e consumo de moluscos em todo litoral do Estado. A secretaria e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) liberaram a retirada, comercialização e consumo de ostras, mexilhões, vieiras e berbigões na última área de cultivo que permanecia interditada.

A partir de agora, todas as áreas de cultivo de moluscos bivalves estão desinterditadas no Estado e os moluscos podem ser consumidos em segurança, pois estão livres da toxina diarreica.

Para preservar a saúde pública e evitar a intoxicação alimentar de consumidores de moluscos, a Secretaria da Agricultura e a Cidasc decidiram, no dia 26 de maio, interditar todas as áreas de cultivo do Estado, em decorrência do fenômeno de maré vermelha, o mais longo e mais intenso que já passou pelo litoral de Santa Catarina, segundo a secretaria.

Para fortalecer a maricultura, a Secretaria da Agricultura, Cidasc e setor produtivo constituíram dois grupos de trabalho, que poderão sugerir melhorarias nas normativas e a criação de mecanismos para apoio aos maricultores. “A maré vermelha certamente ocorrerá novamente em algum momento, a maricultura corre esse risco e nós precisamos estabelecer medidas de mitigação de prejuízos, como já acontece com outros setores da agropecuária”, afirma, em comunicado, o secretário adjunto da Agricultura e da Pesca, Airton Spies.

A toxina diarreica é produzida por algumas espécies de microalgas, chamadas de Dynophysis, e quando acumuladas por organismos filtradores, como ostras e mexilhões, podem causar um quadro de intoxicação nos consumidores.

Essa espécie de alga ocorre naturalmente no mar e só causa problemas com o aumento da sua concentração e, por isso, a sua presença e os níveis de toxina são regularmente monitorados pela Cidasc no litoral. Os últimos episódios de excesso de algas no Estado aconteceram em 2014, 2008 e 2007.

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