Supermercado com as prateleiras vazias no Japão| Foto: ROSLAN RAHMAN/AFP

O Brasil ainda é um “país invisível” nas prateleiras dos supermercados de outros países. A crítica veio do próprio Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi. Para o ministro, o problema é que o país ainda vende muito no atacado e não no varejo.

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“Eu quero crer que esse seja nosso próximo passo, a agregação de valores e um contato direto com os consumidores mundo afora. Deixar de ser somente um vendedor de grandes volumes e chegar às gôndolas dos supermercados”, disse nesta terça-feira (29) durante discurso na abertura do Salão Internacional da Avicultura e Suinocultura (SIAVS) 2017

Para Maggi, é preciso superar desafios internos que atingem as exportações, como a a Operação Carne Fraca, da Polícia Federal. “Todos nós tivemos que trabalhar muito para que o Brasil não perdesse os mercados naquele momento. Parece que, pela primeira vez, tivemos uma solução com bastante eficiência em pouco tempo. Deixamos de lado a burocracia e partimos para a prática”, afirmou.

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Ainda no discurso, ele ressaltou a importância de toda a cadeia produtiva do agronegócio: “Quando vendemos um produto para fora do país o comprador fiscaliza as nossas regras, nós temos um acordo comercial e um padrão a ser seguido. Mas percebemos que, em algumas coisas, precisávamos avançar porque estávamos perdendo para o mundo. O ministério está conversando com todos os elos da cadeia”.

De acordo com o ministro, a ideia é criar facilidades para os produtores ampliarem sua participação no mercado internacional. “As exigências para o mercado brasileiro estão subindo e queremos estar no mesmo parâmetro de outros países e não queremos ser olhados de forma diferente por qualquer uma das nações que compram nossos produtos. É nessa direção que nós vamos”.