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Qual é a fórmula para um carro cair no gosto do consumidor e virar um sucesso de vendas? Ter visual atraente, ser bem equipado ou oferecer bom preço? A resposta poderia ser a união desses fatores, mas nem sempre é o que ocorre. Alguns dos atuais modelos no mercado chegam bem avaliados pela imprensa especializada, mas não deslancham no volume de emplacamentos, segundo revela os números da Fenabrave, associação que reúne os distribuidores nacionais de veículos. Confira a lista dos carros que patinam nas lojas.

Polo hatch

Carro de construção moderna e excelente dirigibilidade, nunca apresentou grande desempenho comercial. Parece que enfrenta uma concorrência dentro da própria marca com Gol, Fox e Golf. Passou por uma reestilização em 2011, mas amargou uma média de 780 emplacamentos/mês. Com preços a partir de R$ 44.480, vem com direção hidráulica, freios ABS, airbag duplo, ar-condicionado, CD Player com MP3, Bluetooth e USB.

É oferecido nas motorizações 1.6 Flex (104 cv) e 2.0 (120 cv), com opção de câmbio automatizado (I-Motion).

2012: VW Polo muda pouco.

Nissan Tiida

Tem um dos conjuntos mecânicos mais redondos de seu segmento. O motor 1.8 Flex 126 cv responde prontamente aos comandos do acelerador. O bom torque em baixas rotações evita a necessidade de acelerar em demasia, o que reflete no baixo consumo. Teve desempenho discreto nas vendas em 2011, ocupando o sétimo lugar entre os médios, com 841 unidades/mês. Ficou um pouco abaixo do Citroën C4 e do Fiat Bravo.

A versão de entrada, que pode sair por R$ 47,5 mil à vista, oferece direção elétrica, computador de bordo, ar-condicionado, trio elétrico, airbag duplo, CD Player com MP3 e entrada auxiliar.

2012: Nissan Tiida passa por retoques visuais.

Ford Focus Sedan

Como explicar o abismo que existe nas vendas da versão sedã para a hatch, sendo que ambos oferecem conforto, ótimo acabamento e conjunto mecânico eficiente.

O motivo pode estar no preço, já que as configurações mais completas (GLX e Titanium), com todos os mimos que um motorista de sedã deste porte exige, variam de R$ 66 mil a R$ 79 mil. A configuração de entrada, 1.6 GL, por R$ 57,1 mil, não traz airbag duplo e ABS, nem vidros traseiros elétricos. Está disponível nos blocos 1.6 (116 cv) e 2.0 (143 cv), com opção automática. Vendeu apenas 8 mil unidades em 2011.

2011: Ford substitui Focus versão Ghia por Titanium.

Fiat Bravo

A meta da Fiat era posicionar o Bravo na segunda colocação entre os hatches médios, posto ocupado atualmente pelo Ford Focus. Isso significaria cerca de 1.500 unidades vendidas por mês. Fechou 2011 com a média de 980 unidades, atrás de rivais mais defasados, como Chevrolet Astra e Volkswagen Golf. Seu estilo é bonito, elegante e tira partido de soluções originais, como as lanternas traseiras convexas e a tecla City no painel que deixa o volante mais leve para manobras. Vem com duplo airbag, freios com ABS, ar-condicionado, direção elétrica, piloto automático, sistema de som com comandos no volante e faróis auxiliares de iluminação em curvas.

Os motores 1.8 Flex (132 cv) e 1.4 T-Jet turbo (152 cv), com a opção do câmbio automatizado (Dualogic), casam bem com a esportividade do modelo. Seu valor parte de R$ 57.150.

2011: Fiat Bravo T-jet chega às lojas.2010: Stilo sai de cena e entra o Bravo.

Peugeot 408

As qualidades são as mesmas dos antecessores 307 Sedan e 407: suspensão firme, sem comprometer o conforto, acabamento interno impecável, com materiais de alta qualidade e sensíveis ao toque, enorme área envidraçada e boa ergonomia. Porém, como os anteriores, não são atributos suficientes para conquistar o público. O volume de vendas é a metade do previsto inicialmente pela Peugeot, de 1,5 mil unidades/mês (está em 700). É equipado com direção elétrica, airbag duplo, freios ABS, repartição eletrônica de frenagem (REF), ajuda à frenagem de emergência (AFU), trio elétrico, CD Player MP3/USB com Bluetooth e comandos no volante e computador de bordo.

O propulsor 2.0 Flex (151 cv) ganhou a companhia do 1.6 THP turbo (165 cv). O modelo começa em R$ 59.990.2011: Peugeot 408 esquenta a guerra dos sedãs.

Peugeot Hoggar

Há quem culpe o nome da picape pelo insucesso nas vendas. Talvez não seja exagero. Mas, ao que parece, a pouca tradição da Peugeot no segmento tenha influência. A Hoggar traz suspensão independente, única entre as concorrentes, e tem a maior caçamba e capacidade de carga da categoria (742 kg e 1.150 kg, respectivamente).

A versão básica X-Line 1.4 Flex (R$ 32.950), de 82 cv, é praticamente pelada. De destaque, apenas o farol de neblina e o conta-giros. Itens mais interessantes só aparecem a partir da intermediária XR 1.4 Flex (R$ 35.530).

Há ainda a Escapade 1.6 Flex (113 cv). Emplacou 5.600 unidades em 2011 – é o que a Saveiro, uma de suas concorrentes diretas, vende em um mês. Nem a Ford Courier, que desde 1997 não recebe alterações estéticas significativas, a francesa consegue ultrapassar – 590 unidades/mês da Courier contra 470 da Hoggar.

2010: Peugeot Hoggar para o lazer ou trabalho.

Avaliação: Hoggar Escapade respira esportividade.

Renault Clio

Bom, barato e desprezado. Mesmo negociado com preço abaixo da média da concorrência (R$ 25.300), o pequeno Renault nunca vendeu bem. Ainda guarda a imagem de um hatch compacto "premium", quando antigamente oferecia airbag duplo de série. Hoje traz um pacote interessante para um popular, o que o torna o menos "pelado" do segmento de entrada, ao lado do Nissan March. Sai de fábrica com desembaçador traseiro, faróis com duplo refletor óptico e para-choque na cor da carroceria. Por R$ 3,3 mil a mais, pode ser equipado com direção hidráulica e ar-condicionado.

O motor 1.0 Flex desenvolve 77 cv. Vendeu 27 mil carros no ano passado, ou apenas 2,5% da fatia no segmento que mais emplaca no país.

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