O Salão Internacional de Nova York (EUA) exibe diversas novidades até o dia 3 de abril. E uma delas é conhecida do consumidor brasileiro: o Chevrolet Sonic. O modelo chega à linha 2017 com o visual atualizado que só veremos por fotos. Vendido no Brasil entre 2012 e 2014, ele veio importado do México para substituir o Astra, porém esteve muito longe de repetir o mesmo sucesso em vendas.
Já o Astra sobrevive na Europa com fôlego de novo e excelente aceitação do público, sob a emblema da Opel (subsidiária da GM). São apenas dois dos diversos carros que circularam em solo brasileiro e acabaram saindo de cena.
Fizemos uma lista de exemplares conhecidos de nossas ruas que continuam no catálogo das montadoras lá fora, em novos projetos e gerações atualizadas. Alguns, inclusive, ficaram um tempo ‘hibernando’ e retornaram em releituras modernas ou apenas com os nomes reaproveitados, como o Ford Escort e o Fiat Tipo.
Volkswagen Polo
Foi fabricado no Brasil até 2014 (nas versões hatch e sedã), mas acabou aposentado com a evolução do Fox. Na Europa, está na quinta geração, com uma reestilização feita há dois anos. Em 2015, foi o compacto mais vendido no mundo. Neste ano ainda estreará a geração atualizada.
Opel Astra
O Astra deixou muitos fãs no Brasil, sendo produzido entre 1999 e 2011 nas carrocerias hatch e sedã. Aposentou-se na versão 2.0 flex, de 140 cv. Na Europa, é fabricado como Opel Astra e acaba de ser eleito o ‘Carro Europeu 2016’, após votação de 58 jornalistas especializados de 22 países.
Opel Corsa
O Corsa chegou ao Brasil em 1994 (segunda geração europeia) com a missão de ocupar a lacuna deixada pelo Chevette e brigar com o Fiat Uno. Não decepcionou, alcançando a liderança do segmento com apenas dois anos de mercado.
Em 2012, a versão hatch deixou de ser fabricada por aqui, encerrando a era Opel no país (Astra, Corsa, Meriva, Zafira, Omega e Vectra). Na Europa, porém, ele está em sua quinta geração, com muita tecnologia e o motor 1.0 turbo, de três cilindros.
Ford Escort
Lançado no Brasil em 1983 para substituir o Corcel II, o Escort teve vida longa em nosso mercado até a produção do modelo ser encerrada em 2002 para dar lugar ao Focus. A versão XR3 fez muito sucesso entre os fãs de esportividade.
Em 2014, a Ford retomou o nome do carro em um projeto totalmente novo, apresentado no Salão de Pequim. As vendas, por enquanto, concentram-se no mercado chinês, onde já virou um sucesso.
Fiat Tipo
O hatch estrou por aqui em 1993 com alguns mimos incomuns nos nacionais da época, como direção hidráulica, vidros e travas elétricos, além de ar-condicionado e teto solar, que eram opcionais. No ano passado, o nome foi resgatado pelo marca e batiza uma família formada por hatch, sedã e perua. A nova linha deve chegar ao Brasil em breve. Unidades já rodam camufladas em nossas ruas e rodovias.
Opel Zafira
Foi a primeira minivan nacional feita no Brasil a oferecer sete lugares. A fabricação ocorreu entre 2001 e 2012, sendo substituída pela Spin, que também aposentou a Meriva. Por aqui, manteve sempre o mesmo visual, com exceção de retoques no para-choque e nas lanternas.
Na Europa, o modelo já está na terceira geração, com o sobrenome Tourer, e tem grande aceitação como opção familiar que entrega conforto, tecnologia e segurança.
Volkswagen Santana
Derivado do Passat alemão, o Santana foi fabricado em diversos países, entre eles o Brasil, de 1984 a 2006. Tinha o Chevrolet Monza como seu principal concorrente. Sobreviveu em meio a um segmento com muitas estreias e despedidas, como o Fiat Tempra e os modelos da Ford Del Rey e Versailles, além do próprio Monza.
O sedã continuou a ser produzido na China e em 2013 ganhou uma nova geração, com a especulação de que retornaria ao Brasil. Mas, o investimento da Volkswagen no Jetta leva a crer que o modelo ficará apenas na saudade.
Opel Meriva
Feita sobre a plataforma do Corsa, foi projetada no Brasil e lançada simultaneamente com a Europa em 2002, para aposentar o Corsa Wagon, que apresentava vendas baixas. Tinha os taxistas como principais consumidores. O monovolume compacto deixou o mercado brasileiro ao lado da Zafira, abrindo espaço para a Spin.
No Velho Continente ela continua viva, seguindo os passos do irmão maior Zafira. Também adotou o sobrenome Tourer e faz a alegria das famílias com muito conforto e flexibilidade (as portas traseiras abrem em sentido contrário às da frente, facilitando o acesso).
Chevrolet Sonic
O Sonic chegou ao Brasil em 2012 com status de substituir o Astra com mais requinte, sofisticação e modernidade. Ficou só no discurso da marca. Importado da Coreia do Sul e posteriormente do México, o modelo se posicionou num patamar de preço que comprometeu as vendas. Sem contar, que ele foi sufocado pelo sucesso do Onix.
Agora ele aparece no Salão de Nova York com um novo visual e repleto de equipamentos. Ajuste eletrônico do banco do motorista, acesso e partida sem chave, 10 airbags, controle de estabilidade, câmera de ré e até aquecimento no volante estão entre os itens do carro.
Renault Scénic
A minivan de porte médio nasceu na Europa em 1996 com o nome de Mégane Scénic, pois fazia parte de uma linha de carros surgidos sobre a mesma plataforma. Tinha Mégane hatch, Mégane Sedan, Mégane Grand Tour, Mégane CC e Mégane Scénic. Mas o sucesso a fez seguir seu próprio caminho, separando-a da linha. O modelo acaba de estrear a quarta geração no Salão de Genebra (Suíça) e conta também com a versão Grand Scénic.
No Brasil, foi pioneira no segmento de minivans médias, chegando como produto nacional no fim de 1998, com fabricação em São José dos Pinhais. A aceitação foi tão imediata que ela abriu caminho para a Citroën Xsara Picasso (1998) e a Opel Zafira (1999). A Scénic parou de ser produzida em 2010, assim como o Mégane.
Nissan Versa Note (Tiida)
O Tiida desembarcou no mercado nacional em 2007 e teve uma aceitação inicial pelo conjunto oferecido: motor interessante, bom espaço interno e sofisticação no acabamento. Porém, as vendas foram minguando a marca decidiu finalizar a importação do México em 2014.
Lá fora, o Tiida evoluiu sob a nomenclatura de Versa Note e mudou de categoria, tornando-se um monovolume. Existia rumores de que o modelo mais familiar viesse para o Brasil, mas não se concretizou até o momento. Com a chegada do crossover Kicks, que será feito em Resende (RJ), essa remota possibilidade se esvaiu.
Citroën C4
O hatch chegava ao Brasil via Argentina. Sua importação, porém, foi interrompida no fim de 2013 após três anos de mercado nacional, quase no mesmo período que a marca francesa anunciava a reestilização do carro na Europa, seguindo o visual visto no C4 Lounge.
Um dos destaques da versão europeia é o motor 1.0 turbo, de 3 cilindros, que rende respeitáveis 110 cv e 21 kgfm de torque a partir de 1.750 rpm.
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