Ford reage e lança EcoSport 1.6 com câmbio PowerShift

Após anos de liderança no segmento, sendo incomodado em alguns momentos pelo Renault Duster, o Ford EcoSport viu a tranquilidade acabar com a chegada do Honda HR-V e do Jeep Renegade. Caiu na preferência do consumidor nos últimos meses. Sem uma mudança inovadora a curto prazo, a marca decidiu buscar soluções dentro da própria linha para recuperar o terreno perdido.

A mais recente cartada foi trocar o motor 1.6 de comando simples de válvulas pelo 1.6 com duplo comando, chamado de TiVCT e já presente no New Fiesta. Ele desenvolve 126/131 cv e 15,4/16,1 kgfm de torque (gasolina/etanol).

Isso possibilita que as versões SE e FreeStyle com este propulsor passem a oferecer a transmissão automatizada PowerShift, de dupla embreagem e 6 marchas, presente também no New Fiesta, Focus e no próprio EcoSport 2.0.

Em contrapartida, essas mesmas versões, mas com motor 2.0 e câmbio PowerShift deixam de ser oferecidas. O conjunto passa a ser exclusivos do catálogo Titanium. O bloco Sigma obteve nota A no programa de etiquetagem veicular do Inmetro. Na cidade, o modelo faz 7,2/ 10,2 km/l (e/g), e na estrada, 8,3/ 12,1 km/l (e/g).

O preço da linha atualizada parte de R$ 68.690, na versão 1.6 Powershift SE Direct (voltada para frotistas e portadores de necessidades especiais). Já a 1.6 Powershift SE começa R$ 71.900 e, segundo Oswaldo Ramos, diretor de Marketing da Ford do Brasil, numa faixa de preço que os concorrentes só oferecem transmissão manual. A 1.6 Freestyle PowerShift custa R$ 76,9 mil e a 1.6 Freestyle Plus Powershift, R$ 80,3 mil.

O segmento de SUVs compactos responde atualmente por 10% das vendas do mercado. É um dos poucos que têm registrado aumento nas vendas. Diante da forte concorrência, a média de 3 mil unidades mensais estaria dentro da meta da montadora, afirma Ramos. HR-V e Renegade emplacam cada um cerca de 4,5 mil unidades/mês. “Permanecer com a participação no mercado pode ser considerado uma vitória”, completa Ramos.