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Modelo traz visual agressivo, com detalhes em preto na grade frontal e rodas aro 17. Leia mais na Gazeta do Povo | /
Modelo traz visual agressivo, com detalhes em preto na grade frontal e rodas aro 17. Leia mais na Gazeta do Povo| Foto: /

A 10.ª geração do Civic por si só já oferece um visual antitiozão, ao melhor estilo fastback. O desenho inovador, repleto de curvas, abriu possibilidades para o sedã médio flertar com todo o tipo de consumidor, do mais jovem ao mais experiente.

Mas a Honda entendeu que era preciso criar uma versão que falasse mais diretamente com o público jovem, tanto na aparência quanto no preço. Decidiu lançar o novo catálogo com a opção Civic Sport.

A marca também pensou em oferecer uma porta de entrada convidativa para aquele que está chegando ao segmento.

As versões intermediárias EX e EXL são mais voltadas ao consumidor tradicional do sedã, enquanto a inédita Touring, com motor 1.5 turbo, busca ser a opção da Honda aos sedãs premiums alemães.

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Calma, apesar de o nome sugerir um possível sucessor ao nervosinho Si, a Sport bebe da mesma água que a EX e EXL nos quesitos motorização e acerto de suspensão.

Sob o capô, o conhecido 2.0 FlexOne, de 155 cv e 19,5 kgfm de torque, que equipava a geração anterior.

A configuração difere mesmo pela roupagem invocada, com uma exclusiva pintura preta na grade frontal (nas demais ela é cromada) e nas imponentes rodas aro 17, além da presença do câmbio manual de 6 velocidades, ausente no restante da linha.

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A Sport também oferece a transmissão CVT, que entrou no lugar do antigo automático de cinco marchas.

A manual custa R$ 87,9 mil, enquanto a automática sai por R$ 94,9 mil. A Honda projeta uma fatia de 24% nas vendas para a versão de entrada, enquanto a Touring 1.5 turbo responderá por 28%, cabendo os 48% restantes a EX e EXL.

Opção manual é divertida

Renyere Trovão/Gazeta do Povo

Além dos detalhes na pintura, a versão tenta justificar o sobrenome ao trazer a opção do câmbio manual, típica de veículos esportivos. Com a troca na alavanca, o sedã fica ainda mais gostoso de guiar.

A reportagem da Gazeta do Povo teve a oportunidade de avaliar o Civic Sport na região de Guararema, a 80 km da capital São Paulo. O trecho era formado em boa parte por caminhos bem sinuosos. Condição ideal para sentir o comportamento dinâmico do sedã.

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Primeiro, testamos a opção manual. A alavanca do câmbio pequena com engates precisos e relações curtas propicia uma perda mínima de tempo na hora da troca. Isso torna a condução bem esperta, valorizada pela posição de dirigir rebaixada, outra novidade da 10.ª geração.

O Civic comprovou mais uma vez entregar um dos melhores, se não o melhor, nível de conforto do segmento. A suspensão alia a dianteira McPherson com buchas hidráulicas (diminui os impactos das imperfeições do piso na cabine) ao sistema multilink na traseira. O resultado é um rodar macio e silencioso mesmo em via de paralelepípedos, como a que encontramos em Guararema.

O modelo vem de série em todas as versões com o sistema de vetorização de torque baseado em frenagem, chamado de Agile Handling Assist (AHA).

O dispositivo aplica sozinho o freio na roda dianteira ao entrar numa curva de forma mais agressiva, melhorando a resposta, estabilidade e precisão, antes mesmo dos controles de estabilidade e de tração atuarem. Isso proporciona uma sensação de controle total do carro, mesmo em tocadas mais fortes.

Ficha técnica

Civic Sport

Motor 2.0 Flex
Potência/ torque 155 cv/ 19,5 kgfm
Câmbio Manual (6 marchas) ou CVT
Dimensões 4,64 m (c) e 2,70 m (ee)
Porta-malas 525 l
(c): comprimento. (ee): entre-eixos

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Vale lembrar que o seu principal rival, o Toyota Corolla, nem sequer oferece controle de estabilidade - ausência que deverá ser corrigida na atualização do modelo em breve.

O bom isolamento acústico é outro ponto forte do Civic. Mesmo pisando mais forte no pedal da direita, o ronco do motor não invade a cabine.

Diversão em giro alto

O propulsor 2.0 aspirado não chega a empolgar, mas está longe de decepcionar. O problema é que o torque mais vigoroso só aparece acima dos 3 mil giros e o máximo. Ou seja, o comportamento mais animado se dá na faixa dos 4.500 rpm, quando ele entrega o torque máximo.

Não que lhe falte força em baixas rotações, mas a diferença para a versão Touring 1.5 turbo (173 cv) é nítida, que já despeja boa parte dos 22,4 kgfm de torque a partir dos 1.700 rpm.

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Pelo menos a presença do câmbio manual com as primeiras relações mais curtas agiliza as saídas e as retomadas de velocidades. Aliás, a velocidade máxima é obtida na quinta marcha, cabendo à sexta baixar o giro na estrada, funcionando como overdrive (sobremarcha).

Com o câmbio CVT, a performance é muito parecida ao do manual, ainda mais com a possibilidade de realizar as trocas por meio de borboletas atrás do volante – o CVT simula sete marchas em modo manual.

A vantagem da caixa variável é extrair o máximo da força do motor e ainda deixar a rotação em valores econômicos durante a velocidades cruzeiro – de 2 mil a 2,5 mil rpm.

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Equipamentos

A versão de entrada oferece um bom nível de equipamentos. A lista inclui direção elétrica, luz diurna em led, ar-condicionado digital, 6 airbags, controles de tração e de estabilidade, volante multifuncional revestido em couro, rádio com conexão bluetooth e USB, piloto automático, faróis de neblina; sistema ISOFIX para fixação de cadeirinhas, câmera de ré, sistema de vetorização de torque e velocímetro digital com conta-giros analógico.

Mas com o preço na casa dos R$ 90 mil poderia oferecer ainda bancos de couro, sensores de luz e chuva, repetidores de direção nos retrovisores e partida sem chave.

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E para uma versão que pretende se comunicar, principalmente, com os mais jovens, é incoerente trazer a central multimídia sem uma tela sensível ao toque e com o mostrador digital pouco agradável aos olhos.

Nem a EX e a EXL resolve esse incômodo. É preciso chegar à versão topo de linha Touring, de R$ 124,9 mil, para mexer nos comandos da tela com a ponta dos dedos.

Já a hora de estacionar é facilitada pela câmera de ré com três ângulos de visão, no entanto caberia também um sensor de estacionamento.

Economia de combustível

O Honda Civic vem de série com a função Econ, que prioriza a economia de combustível. O dispositivo é acionado por um botão no console e torna a abertura da borboleta de aceleração mais suave, mesmo se o condutor pisar mais forte no acelerador. Ele evita também o acionamento do condensador do ar-condicionado.

Pelos números do Inmetro, o Civic Sport com câmbio manual faz 7,1/ 10,2 km/l na cidade (etanol/gasolina) e 9,3/13,4 km/l na estrada (e/g).

Além da cor preta perolizada, a versão está disponível também em branca perolizada e sólida e prata metálica.

O jornalista viajou a convite da Honda
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