
Tema deveria ter sido amplamente debatido
Para o engenheiro cartógrafo Emerson Zanon Granemann, editor do portal InfoGPSonline e da revista InfoGPS especializados nas áreas de rastreamento, navegação e serviços de localização, o tema ainda é polêmico porque deveria ter sido mais debatido entre as seguradoras, empresas de rastreamento de veículos, governo e sociedade.
Além do IPVA e seguro obrigatório, o consumidor poderá ter que arcar com mais uma despesa se optar pela compra de um automóvel zero-quilômetro. É que no prazo de dois anos, todos os veículos só poderão sair das concessionárias equipados com rastreador e bloqueador antifurto, conforme prevê a resolução 245 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), publicada no Diário Oficial da União neste mês.
Esta decisão já provoca controvérsias. Isso porque as montadoras avisaram de que o custo do equipamento vai ser todo repassado ao consumidor. E ele ainda também terá de arcar com as despesas extras para ativar o aparelho. Atualmente, os preços do rastreador podem chegar até R$ 2 mil e a mensalidade de uma empresa que presta o serviço de rastreamento parte de R$ 80. Como isto vai afetar diretamente o bolso do consumidor, o Procon do Rio de Janeiro já iniciou estudos sobre a legalidade da medida e este exemplo poderá se estender para outros estados. Esta nova regulamentação vale para carros, motos, caminhões e ônibus nacionais ou importados. Todos os automóveis comprados antes de agosto de 2009 estarão livres da obrigatoriedade.
Segundo o Contran, os consumidores já vão adquirir o veículo com o equipamento instalado e caberá ao dono decidir se vai querer usar o dispositivo ou não. Para acioná-lo terá que contratar o serviço de uma firma especializada do mercado, e pagar a mais. Uma portaria irá informar as especificações de dispositivos antifurtos que serão aceitos. Para o diretor do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Alfredo Peres da Silva, será possível recuperar 90% dos veículos roubados com a ajuda dos equipamentos antifurto. De acordo com o Denatran, cerca de 380 mil veículos são roubados por ano no Brasil. Do total, apenas 180 mil são recuperados. Esse tipo de roubo, de acordo com o Denatran, gera prejuízo de R$ 700 milhões.
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