S10 agora é automática na opção flex para desbancar a Hilux; confira preços

Quando a Chevrolet lançou a S10 Flex em 2007 menos de 40% dos consumidores ouvidos pela marca se interessavam em ter uma picape com câmbio automático. Por isso, a montadora se preocupou em oferecer esse tipo de transmissão somente nas versões mais caras,movidas a diesel.

A S10 manteve-se como um fenômeno de vendas, liderando o segmento por diversos anos. Mas com a evolução dos rivais e, principalmente, o interesse maior do picapeiro em abandonar a troca de marcha em prol do conforto e praticidade na condução, o modelo perdeu mercado e fechou 2016 atrás da principal concorrente: a Toyota Hilux, que dispensa o uso da embreagem desde a versão de entrada - a SR 2.7 Flex (R$ 113.070).

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Veio ainda a intermediária Fiat Toro para chacoalhar com o segmento e também disponibilizar a caixa automática já na configuração mais básica, a Freedom 1.8 Flex (R$ 82.930).

Restou à Chevrolet encarar a nova realidade, com certo atraso diga-se, e eliminar o pedal da esquerda na motorização bicombustível.

Baseada em uma nova pesquisa com clientes, na qual 87% responderam que a sua próxima picape seria automática, chega ao mercado a S10 2.5 Flex AT6, nas versões LT e LTZ nas trações 4x2 e 4x4, com preços entre R$ 107.990 e R$ 129.990.

Mesmo que boa parte dos consumidores de picape prefira o motor a diesel, a opção flexível representa uma parcela considerável do segmento, especialmente por que custa em média 20% menos.

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A própria S10 emplaca mais na versão a gasolina/etanol do que na diesel. Tanto que abocanhou 57% das vendas de picapes bicombustíveis no ano passado.

O lançamento que já está nas lojas será a aposta da Chevrolet para virar o jogo contra a Toyota Hilux e voltar ao posto mais alto de vendas entre os modelos médios. No 1.º trimestre de 2017, a rival licenciou 7.406 unidades, enquanto a S10 ficou em 2.º lugar, com 5.878.

Motor flex mais forte

O câmbio automático de seis velocidades faz dobradinha com o propulsor 2.5 quatro cilindros com injeção direta, o flex mais forte da categoria. São 206 cv e 27,3 kgfm de torque, números que levam a S10 4x2 da inércia aos 100 km/h em 9,5 segundos. A Hilux, por sua vez, com o motor 2.7 4x2 rende 163 cv e 25,0 kgfm, com o zero a 100 km/h feito em 14,5 segundos.

A transmissão é a mesma da versão a diesel, no entanto passou por ajustes, como o alongamento da relação do diferencial, para privilegiar o consumo.

Por falar nele - aliás, uma das queixas de picapes flex -, a S10 faz 5,3/ 7,9 km/l na cidade e 6,4/ 9,4 km/l na estrada (etanol/ gasolina). Índices que garantem a nota A no programa de eficiência energética do Inmetro, com um desempenho semelhante ao do modelo manual.

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Outra novidade são os coxins com rigidez alterada, que reduzem a rolagem da carroceria e o nível de vibração, apesar de uma picape sempre vibrar e pular. Durante o test drive por vias esburacadas, notou-se uma ligeira melhoria nesse aspecto, mas o sacolejar ainda continua a incomodar os passageiros.

Picape melhora a agilidade

A Chevrolet adotou ainda um novo mapeamento na aceleração, emprestado da picape norte-americana Colorado. Isso deu mais agilidade para o modelo, porém não impediu que em subidas o câmbio reduza demais as marchas para não perder o ritmo. Isso se traduz em giros lá em cima e o grito mais alto do motor, que causa um certo incômodo.

Já no piso plano e uma velocidade cruzeiro de 120 km/h, em sexta marcha, o motor funciona suavemente na faixa das 2.800 rpm, favorecendo a economia de combustível.

O utilitário também passa a contar com partida remota por comando na chave, que permite climatizar a cabine na versão LTZ antes de entrar - o recurso este só disponível anteriormente nas versões mais caras a diesel.

O jornalista viajou a convite da GM