Dois grandes nomes da fotografia documental mundial, o sueco Anders Petersen e o dinamarquês Jacob Aue Sobol, terão suas obras apresentadas em conjunto pela primeira vez no Brasil, em uma exposição que abre nesta terça-feira (9) na Caixa Cultural.
A mostra Veias reúne 165 imagens dos artistas nórdicos que, apesar de separados pelo tempo (Petersen nasceu em 1944 e Sobol, em 1976), tem uma afinidade de linguagem que justificou a mostra conjunta segundo Luiz Prado, produtor da mostra no Brasil.
Prado explica que ambos são parte da mesma escola de “fotografia documental privada” em que o desafio do fotógrafo é “estar presente e próximo a cenas de intimidade extrema mas com um distanciamento suficiente para registrá-la com olhos de voyeur”.
[O desafio do fotógrafo é] estar presente e próximo a cenas de intimidade extrema mas com um distanciamento suficiente para registrá-la com olhos de voyeur
“As fotos que já são impressionantes, ficam ainda mais fortes com a montagem que um tanto claustrofóbica no sentido que você fica imerso num universo de realidade paralela. As imagens são impactantes e o espectador fica muito próximo delas”, diz. “A reação do público é importante porque o trabalho de ambos é nervoso e investiga locais em que alguns podem vê-los como intrusos.”
Fotografias de Anders Petersen e Jacob Aue Sobol. Caixa Cultural Curitiba (R. Conselheiro Laurindo, 280). (41) 2118-5111. Abertura nesta terça-feira (9), às 19h30. Entrada franca. Até 12 de julho. Mais informações no Guia.
Diário
Anders Petersen é considerado uma lenda da fotografia documental com um trabalho que se distingue por retratar grupos marginalizados da sociedade como alcoólatras, viciados em drogas, prostitutas, travestis, psicopatas e criminosos sempre com um tom intimo e pessoal.
Uma das imagens mais famosas foi usada na capa do álbum Rain Dogs (1976), do artista canadense Tom Waits.
Trinta anos mais novo, Sobol é dinamarquês e pode ser considerado um sucessor do mestre sueco, com seus registros improváveis e absurdos do cotidiano das pessoas.
Para este trabalho conjunto, os dois criaram uma espécie de diário e documentário pessoal em que os dois fotografos anotaram reflexões pessoais sobre a vida, as pessoas, a forma como se encontram e o mundo de hoje.
A mostra foi organizada na Letônia e passou pela Rússia e pela China antes de chegar ao Brasil trazida pelo Instituto Cultural da Dinamarca. No dia da abertura, às 19 horas, será realizada uma visita guiada com a presença do curador da mostra, o sueco Imants Gross.
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